Antigo governante referiu, durante a sua intervenção, a aprendizagem é uma arma pela liberdade e “a base da Humanidade”
“Um mundo perfeito não é possível, temos sim que construir um mundo e uma sociedade humana e a Educação é a chave, como base para o respeito comum, para a liberdade, para combater o egocentrismo, o etnocentrismo, o sociocentrismo, que são doenças”. As palavras são do antigo ministro da Presidência, Finanças e Educação, Guilherme d’Oliveira Martins, que esteve presente na 6.ª Conferência Internacional da Sociedade Portuguesa para a Educação em Engenharia, no Instituto Politécnico de Setubal (IPS).
O professor catedrático e antigo governante foi convidado para palestrar na abertura do evento que terminou sexta-feira e reuniu 80 participantes de 17 nacionalidades, em torno do tema “Emerging Trends in Engineering Education: Adapting to a Changing World”.
Focado na temática “A aprendizagem como motor do desenvolvimento” o agora administrador executivo da Fundação Calouste Gulbenkian relacionou as áreas das Humanidades e das Tecnologias porque, entende, “a tecnologia não está isolada da vida, não é um campo fechado, é também ela vida” e destacou o papel importante da aprendizagem.
“A tecnologia é o entendimento dos instrumentos e esse é o grande desafio. Porque há que entender a ligação entre os objectos e os sujeitos, entre os nossos papéis como seres humanos e também como agentes de desenvolvimento. Aprender é a base da Humanidade. Se aprendermos podemos contribuir para o desenvolvimento”, palavras de Guilherme d’Oliveira Martins transcritas em nota de Imprensa enviada a O SETUBALENSE.
Quem também falou durante esta iniciativa foi a presidente do IPS, Ângela Lemos, referiu que a instituição está “pronta para o futuro” e que o seu “trabalho no ensino da engenharia é reconhecido internacionalmente”.Focada nas áreas de ensino das engenharias e tecnologias referiu que estas são parte do início da actividade do politécnico, que terminou recentemente a comemoração dos seus 45 anos e que estas são competências que têm vindo a ser trabalhadas com “estudantes com espírito crítico, capacidade de mudança e de crescimento e atentos ao mundo que os rodeia”.
A conferência decorreu ao longo de três dias entre as escolas superiores de Tecnologia do IPS – nos polos de Setúbal e do Barreiro – sendo que se registaram três sessões plenárias, 43 comunicações científicas, uma dezena de workshops interactivos e três mesas-redondas, abordando temas como a inteligência artificial no ensino e avaliação, as competências digitais e transversais, as iniciativas inclusivas e equitativas e o ensino interdisciplinar.