28 Junho 2024, Sexta-feira

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Greve dos enfermeiros com adesão acima dos 65% no Hospital de São Bernardo

Greve dos enfermeiros com adesão acima dos 65% no Hospital de São Bernardo

Greve dos enfermeiros com adesão acima dos 65% no Hospital de São Bernardo

Percentagem chegou aos 100% em alguns serviços de internamento, nomeadamente na Pediatria, Medicina Interna e Gastrenterologia

 

A greve dos enfermeiros de hoje contou com uma adesão de 65,2% no Hospital de São Bernardo, com a percentagem a chegar aos 82% no bloco operatório e aos 100% em alguns serviços de internamento, nomeadamente na Pediatria, Medicina Interna e Gastroenterologia.

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O balanço foi feito no período da manhã por Zoraima Prado, dirigente do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses, que adiantou a O SETUBALENSE que no Hospital Ortopédico Sant’Iago do Outão “a adesão chegou também aos 65%”.

No Centro Hospitalar Barreiro-Montijo “aderiram 66% dos enfermeiros” e no Hospital do Litoral Alentejano, por sua vez, optaram pela greve 75% dos profissionais, sendo que nos centros de saúde da região esse valor chegou aos 60%.

“Há dois grandes motivos para a realização da greve. É a questão da contagem do nosso tempo de serviço, que ocorreu em algumas instituições do País e em que já há sentenças do sindicato a dizer que tem de ser feito e como tem de ser feito”, explicou a dirigente.

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“Já estávamos a negociar com este ministro [da Saúde, Manuel Pizarro], que veio agora dizer que faz esse descongelamento, mas não igual ao que foi feito aos nossos colegas. Portanto, não quer pagar os retroactivos que nos deve”, acrescentou.

Além disso, frisa a enfermeira, “no decreto que o ministro quer impor discrimina muitos colegas, principalmente aqueles que têm mais formação, que ficam prejudicados, uma vez que não lhes conta uma quantidade grande de tempo de serviço”.

Como exemplo indicou “uma enfermeira que, com o descongelamento, vai perder oito anos de serviço porque não querem contar o tempo com contrato precário”.

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“É de uma grande indignação e um insulto as declarações do ministro da Saúde, em que disse que íamos ficar muito contentes, quando ainda nos vai discriminar a partir de Janeiro de 2023 face a qualquer licenciado que entre em qualquer hospital ou centro de saúde do Serviço Nacional de Saúde”, sublinhou.

Isto tendo em conta que, segundo Zoraima Prado, os enfermeiros vão “ficar a ganhar abaixo de qualquer licenciado na administração pública, situação que pode e deve ser imediatamente corrigida”.

“Nós temos mais do que motivos para estar a fazer greve. Não são a todos os enfermeiros a quem se vai aumentar os ordenados, isso é mentira. Que o ministro da Saúde ouça os enfermeiros, que veja que estes estão indignados e que legisle no sentido da correcção”.

Para a dirigente, o objectivo é “que se faça justiça”. “Com este tipo de acções, é claro que isso pode acontecer. Com greves e concentrações sempre se conquistou todos os direitos dos trabalhadores. A nossa resiliência é a nossa maior arma e estamos, e estaremos, na luta até estas injustiças serem corrigidas”, garantiu, a concluir.

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