Objectivo é evitar alargados “tempos de espera e sobrecarga das equipas médicas”. INEM e profissionais de saúde também podem referenciar gestantes
Desde esta segunda-feira que é obrigatório que as grávidas contactem a linha SNS24 antes de se dirigirem para as urgências Obstetrícia e Ginecologia. O projecto entrou em vigor esta segunda-feira na Unidade Local de Saúde da Arrábida (ULSA).
Assim, antes de se dirigirem à unidade hospitalar as gestantes deverão ligar para o número telefónico 808 24 24 24 e, durante o contacto, “a equipa da linha avalia a situação clínica e encaminha a utente para a resposta mais adequada, que pode ser um centro de saúde, uma urgência hospitalar ou outra unidade de saúde”, explica a ULSA em nota de Imprensa enviada à redacção de O SETUBALENSE.
Caso cheguem ao serviço de saúde sem terem sido referenciadas previamente as utentes vão ser informadas sobre a necessidade, ou não, de terem de realizar o contacto telefónico antes de serem admitidas. Se for caso disso, “será disponibilizado no local um telefone para contactar directamente a linha SNS 24, garantindo que a referenciação é feita de forma adequada”.
Outras formas de referenciação podem também ser através do INEM ou profissionais de saúde de outras unidades, como é o caso dos Cuidados de Saúde Primários ou os serviços hospitalares.
“Com esta medida, pretende-se garantir que os recursos especializados estejam disponíveis para quem mais necessita, enquanto se encaminham os casos menos urgentes para respostas mais apropriadas e próximas da área de residência da utente”, explica a unidade de saúde no mesmo comunicado.
O projecto já tinha começado a ser implementado em outras regiões do País durante o mês de Dezembro mas só em início de Janeiro chega à região da Península de Setúbal – em breve as unidades locais de saúde Arco Ribeirinho e Almada-Seixal também deverão implementar a medida.
Quer-se, por isso, “optimizar o acesso às urgências hospitalares, reservando o atendimento para situações efectivamente graves e complexas”, explica a ULSA que também refere que os “tempos de espera e sobrecarga das equipas médicas” acontecem porque existem casos que podem ser tratados noutras unidades, como é o caso do centro de saúde.