Sessões vão decorrer às segundas quintas-feiras de cada mês, de forma rotativa pelos nove municípios da região
Frederico Rosa passou, desde a passada segunda-feira, a acumular as funções de presidente da Câmara Municipal do Barreiro com as da presidência da nova Comunidade Intermunicipal (CIM) da Península de Setúbal. Logo após a cerimónia de constituição da CIM realizada no Convento de Jesus, em Setúbal, o socialista foi eleito presidente do Conselho Intermunicipal, órgão diretivo da nova entidade responsável pelo planeamento estratégico e pela gestão de fundos europeus para a região. Agendado ficou já o calendário das reuniões do Conselho Intermunicipal para o próximo ano.
O órgão diretivo – que tem como vice-presidentes Maria das Dores, presidente da Câmara de Setúbal, e Paulo Silva, presidente da Câmara do Seixal – vai reunir-se “sempre pelas manhãs das segundas quintas-feiras de cada mês, rotativamente pelos nove municípios” que compõem a península e integram a CIM, disse o autarca do Barreiro a O SETUBALENSE.
Frederico Rosa adiantou que a próxima reunião “terá lugar a 8 de janeiro em Alcochete”. Ficou estabelecido que a calendarização das reuniões do órgão “seguisse a ordem alfabética dos municípios”. Ou seja, depois de Alcochete, o Conselho Intermunicipal irá reunir-se em Almada (12 de fevereiro), Barreiro (12 de março), Moita (9 de abril), Montijo (14 de maio), Palmela (11 de junho), Seixal (9 de julho), Sesimbra (13 de agosto) e Setúbal (10 de setembro).
Tal como o autarca do Barreiro já havia avançado anteriormente, o objetivo agora é “acabar o primeiro trimestre de 2026 com todos os órgãos [que compõem a CIM] constituídos e a funcionar”, designadamente a Assembleia Intermunicipal, o Secretariado Executivo Intermunicipal e o Conselho Estratégico para o desenvolvimento Intermunicipal, a juntar ao Conselho Intermunicipal que foi instalado na segunda-feira. Isto, para que a CIM entre no segundo semestre do novo ano com “uma noção concreta das áreas” a serem privilegiadas com fundos europeus, a negociar com o Governo e com Bruxelas, no âmbito do quadro comunitário que se inicia em 2027.
À partida, Frederico Rosa elege a “mobilidade, os serviços públicos – onde se inclui a habitação, a educação e a saúde – e empresas e indústria” como eixos prioritários para investimento, a articular com “os dois grandes projetos do País decididos para a península: o novo aeroporto e a terceira travessia sobre o Tejo”.
“É necessário o investimento nas ligações Barreiro-Seixal, Barreiro-Montijo, ligações de acesso ao Porto de Setúbal, ligações à terceira travessia e ao aeroporto, aos parques industriais e de logística”, exemplificou, no âmbito da mobilidade.
No que toca aos serviços públicos aponta ao investimento na habitação para arrendamento acessível, em virtude do crescimento populacional que a região não pára de sentir, nas três “Unidades Locais de Saúde” da região (Arrábida, Arco Ribeirinho e Almada-Seixal) e no setor da educação, através da “requalificação dos estabelecimentos escolares e da construção de novos”.
A aposta nas empresas e na indústria é outro dos objetivos primordiais, tendo em vista a “criação de emprego”, mas “com produção de riqueza” e “conhecimento” aplicado pela academia.