Fernando Pinho defende redução do IMI e regresso urgente da água à esfera pública

Fernando Pinho defende redução do IMI e regresso urgente da água à esfera pública

Fernando Pinho defende redução do IMI e regresso urgente da água à esfera pública

Catarina Martins ao lado de Fernando Pinho no Miradouro de S. Sebastião|Catarina Martins|Fernando Pinho

Candidato do Bloco de Esquerda à Câmara de Setúbal considera também importante existirem “mudanças nos apoios centrais”, para garantir que todas as zonas do concelho têm “saneamento básico”

 

Fernando Pinho, cabeça-de-lista à Câmara Municipal de Setúbal pelo Bloco de Esquerda nas próximas eleições autárquicas, defendeu ontem no Miradouro de São Sebastião, na apresentação oficial da sua candidatura, que “a água de Setúbal deve voltar o mais rápido possível para a esfera pública” e que é necessário reduzir “a barbaridade” de Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) que “os setubalenses pagam”.

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Para o mestre em Educação Artística, actualmente reformado, o “contrato ruinoso feito pelo PS com as Águas do Sado” faz com que “Setúbal pague uma das águas mais caras do País”, situação que “não deveria de acontecer”, uma vez que “a água é um bem público”.

Outro ponto da intervenção de Fernando Pinho recaiu sobre os resíduos perigosos encontrados na zona do Vale da Rosa, afirmando que se recusa a que a cidade se “torne num caixote do lixo”. Em seguida, explicou que “ainda existe uma série de locais no concelho em que não há saneamento básico”, como são exemplos disso “o Bairro da Bonita e o Vale da Rosa”. “Precisamos de mudanças nos apoios centrais ao desenvolvimento de Setúbal, que era a terceira cidade do País e que tem vindo a cair sistematicamente”, apontou.

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Para a recepção destes apoios, defendeu “a criação de uma NUTS para a zona de Setúbal”.

No que diz respeito à cultura, considera ser “urgente a criação de uma biblioteca com dignidade e dimensão para receber exposições e outros eventos e onde as pessoas gostem de estar e de conviver”.

Ao nível da população carenciada, disse ser “preciso novas políticas de implementação para a juventude e para as camadas mais idosas, assim como para os que estão à margem da sociedade”. Relativamente às praias da cidade sadina e de Troia e à Serra da Arrábida, o bloquista criticou as dificuldades de acesso de muitos setubalenses aos locais, defendendo a criação de um “passe social que consiga abranger, nem que seja um mês uma vez por ano, as famílias”.

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Também Vítor Rosa e Francisco Sousa oficializaram ontem as suas candidaturas à presidência da Assembleia Municipal de Setúbal e à Junta de Freguesia de São Sebastião, respectivamente, pelo Bloco de Esquerda.

Catarina Martins ataca ministro do Ambiente

Na apresentação do candidato bloquista à presidência da autarquia sadina, Catarina Martins, coordenadora do Bloco de Esquerda, relembrou as dragagens efectuadas recentemente no Sado, ao afirmar que os movimentos ambientalistas avisaram que as mesmas “eram um perigo”.

Em seguida, acusou o ministro do Ambiente de ser “mais rápido a defender negócios do que a defender recursos naturais”. “Não só vemos agora os problemas nas praias da Arrábida com as areias, como em Janeiro deste ano o rebentamento de uma bacia com lama das dragagens em zona protegida do Estuário do Sado”, disse.

“A chantagem é sempre a mesma. Ou aceitamos o negócio de milhões que põe em risco os nossos recursos naturais, ou virá a desgraça económica e o desemprego. Mas em Setúbal – por tudo o que foi feito com pedreiras, cimenteiras e dragagens – já sabem todos que não é verdade”, sustentou.

A coordenadora do Bloco de Esquerda enumerou, depois, “as crises que já estavam em Setúbal e Azeitão antes da pandemia”, referindo-se “desde logo à crise da habitação”. “A política da habitação pública serve apenas as famílias mais vulneráveis e tem a perversidade de criar guetos em vez de inclusão. Queremos um parque público de habitação que vá muito além da resposta aos mais vulneráveis e que seja capaz de regular verdadeiramente o mercado da habitação”, acrescentou.

Por último, criticou as dificuldades de acesso de muitos setubalenses às praias da zona, em Troia ou na Arrábida e “a enorme injustiça feita em Setúbal quando PSD e CDS alteraram as NUTS e fizeram com que Setúbal ficasse prejudicado no acesso aos fundos europeus”.

Com Lusa

Ministro do Ambiente João Matos Fernandes diz que declarações de Catarina Martins são “infames e infundadas”

O ministro do Ambiente acusou ontem a coordenadora do Bloco de Esquerda de fazer declarações “infames e infundadas”, depois de Catarina Martins acusar João Matos Fernandes de ser “mais rápido e defender negócios do que os recursos naturais”.

“Em primeiro lugar, diz Catarina Martins que as dragagens correram mal, mas é falso – e a prova é que, no Verão passado, nunca o Estuário do Sado teve tantos golfinhos e até orcas apareceram”, contrapôs.

João Matos Fernandes acusou depois Catarina Martins de ter “mentido” quando se refere a um acidente nas dragagens.

“É falso. O acidente que aconteceu foi numa dragagem de uma empresa que não teve rigorosamente nada a ver com as dragagens no Porto de Setúbal. Felizmente, foi um acidente de pequena dimensão, que foi rapidamente corrigido e que está a ser investigado pelo ICNF”, defendeu.

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