Linha 4470, que circula até ao Creiro, está em funcionamento há mais de um mês. Vaivém gratuito garante ida aos restantes areais, menos da Figueirinha
A linha 4470 da Carris Metropolitana, que faz a ligação do Interface de Transportes de Setúbal (ITS) ao Creiro através de um percurso por Vila Nogueira de Azeitão, já circula pelas estradas há mais de um mês e, na passada sexta-feira, foi tempo do presidente da Câmara Municipal de Setúbal, André Martins, entrar a bordo da carreira.
“É uma oportunidade para verificar o tempo do percurso das pessoas que querem vir para estas praias. A avaliação que eu faço é que foi um percurso bem conseguido, com uma paisagem muito interessante. E os autocarros são confortáveis, portanto faz-se uma viagem agradável para chegar ao Creiro”, explicou o autarca à margem da viagem que foi acompanhada pela vice-presidente do município, Carla Guerreiro, e a vereadora com o pelouro da Mobilidade, Rita Carvalho.
A viagem dura cerca de 45 minutos e tem um total de 27 paragens até chegar ao destino final. O Hospital de Sant’Iago, quatro estações na Aldeia Grande, a gare rodoviária de Vila Nogueira de Azeitão, Oleiros Azeitão, Aldeia Irmãos e Casais da Serra são algumas das paragens que a carreira vai fazendo ao longo do percurso.
“Agradável” foi o adjectivo que o presidente utilizou para descrever o trajecto e elogiou a forma como este não causa “grandes pressões” sobre o património ambiental da serra da Arrábida. “Utilizar o transporte público também faz bem à nossa vida, à nossa saúde”, lê-se em nota de Imprensa da câmara municipal.
Com o objectivo de evitar “pressão no Parque Natural da Arrábida” e impulsionar o uso de transportes públicos ao invés de viaturas próprias que causam “pressão no Parque Natural da Arrábida”, o executivo municipal deu o exemplo e, depois desta primeira viagem, seguiu no vaivém gratuito que parte do Creiro e passa pelas praias do Portinho da Arrábida, de Galapos e de Galapinhos para lá deixar os amantes de praia.
Em falta fica apenas a rota a partir da praia da Figueirinha que “não é possível” porque a circulação pela Rua do Círio está encerrada – e foi reforçada no final de Abril por técnicos municipais. Esta deve-se à instabilidade de um bloco rochoso de grandes dimensões que ameaça o bem-estar de todos.
Naquele local, e por ordem da autarquia setubalense, fica proibida “toda a circulação rodoviária, sejam veículos motorizados ou velocípedes, bem como pedonal, não sendo, assim, possível qualquer presença humana na área para qualquer fim, incluindo actividades como a pesca, o turismo, de lazer e desportivas”.
Sobre este tema André Martins mantém-se esperançoso de que “brevemente as entidades governamentais que têm a responsabilidade da gestão do Parque Natural da Arrábida possam tomar as decisões necessárias para resolver este problema da rocha e, naturalmente, também da viabilidade da circulação em toda a estrada da Arrábida que faz a ligação a todas as praias”.
