27 Junho 2024, Quinta-feira

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Executivo aprova adjudicação de dois parqueamentos subterrâneos na Luísa Todi

Executivo aprova adjudicação de dois parqueamentos subterrâneos na Luísa Todi

Executivo aprova adjudicação de dois parqueamentos subterrâneos na Luísa Todi

Fotografia de Helena Serra|

Cada parque vai ter três pisos e 300 lugares. A obra está a cargo da Datarede que vai gerir todo o estacionamento

A Avenida Luísa Todi vai receber dois parques de estacionamento subterrâneos. A adjudicação da construção foi aprovada na reunião de câmara de quarta-feira, tendo o executivo decidido também sobre a concessão da exploração do estacionamento tarifado de superfície na cidade.

Os parques, cada um com três pisos e trezentos lugares, ficam no extremo poente da via e na zona defronte da Praça de Bocage. Segundo a autarquia, a criação dos estacionamentos por pisos, “resulta no aumento das soluções de parqueamento”, libertando assim espaço de superfície, “solução que permite avançar com a requalificação da imagem urbana, a qual contempla a criação e desenvolvimento de novos usos”.

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O concurso para execução da obra foi adjudicado à Datarede – Sistemas de Dados e Comunicações, SA, empresa do empresário madeirense Luís Sousa, que “apresentou a proposta economicamente mais vantajosa” definida no programa do procedimento Concessão da Gestão, Exploração, Manutenção e Fiscalização de Lugares de Estacionamento Pago na Via Pública à Superfície na Cidade de Setúbal.

Programa que inclui ainda a Constituição do Direito de Superfície em Subsolo para a Concepção, Construção em Exploração de dois Parques de Estacionamento no Subsolo na Cidade de Setúbal.

Os encargos com a construção dos dois parques de subsolo na Avenida Luísa Todi “são assumidas pela empresa vencedora do concurso, que fica com o direito de concessão e exploração destas novas infra-estruturas, assim como do estacionamento tarifado de superfície na cidade, incluindo o do futuro Terminal de Transportes de Setúbal, na Praça do Brasil”, acrescenta a autarquia em comunicado.

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Concessão por 40 anos

A contrapartida é o “pagamento de 4 milhões e 999 mil euros, acrescidos de IVA, o que corresponde ao valor da renda pela concessão da exploração pelo período de 40 anos, prazo improrrogável”. O montante a pagar pela Datarede “é repartido pelas duas entidades adjudicantes, cabendo ao município receber 3 milhões, 900 mil e 974,25 euros, correspondente a 97,5% do valor-base da renda, enquanto a Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra tem direito a 100 mil e 24,97 euros, ou seja, 2,5%”.

A Câmara Municipal de Setúbal arrecada ainda 50,02% da receita bruta efectiva mensal que a concessão do estacionamento tarifado venha a gerar, cabendo os restantes 49,98% à empresa adjudicatária.

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A Datarede fica com competências de fiscalização no que respeita a matéria de contra-ordenações previstas no artigo 71.º do Código da Estrada, de lugares de estacionamento pago na via pública, recolhendo as eventuais receitas.

Esta competência é válida pelo período da concessão, ou seja, 40 anos. No caso do estacionamento tarifado em zonas de jurisdição da Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, a competência de fiscalização apenas vigora por cinco anos.

Quem é o homem que manda no estacionamento na cidade

A Datarede, que vai ‘mandar’ no estacionamento na cidade de Setúbal, foi criada pelo empresário madeirense Luís Sousa. Nascido em Outubro de 1972, no Arco da Calheta, é formado em Direito e com mestrado em Direito Administrativo e Contratação Pública pela Universidade Católica, é o actual CEO da ACIN iCloud Solutions.

Desde cedo começa a interessar-se pela área de informática, e aos 16 anos já está em contacto com a DTIM – Associação Regional para o Desenvolvimento das Tecnologias de Informação, líder tecnológica na Madeira. A sua competência leva a DTIM a convidá-lo para dar formação.

A vontade de ser empresário motiva-o a criar a Academia de Informática, uma empresa com vertente na área da formação, que colabora com a DTIM, e na área da comercialização de produtos informáticos como computadores e impressoras, mais tarde começa a apostar mais em software. Em 2008, muda o nome da sua empresa para ACIN.

Responsável pela informatização das câmaras municipais e juntas de freguesia da Região da Madeira, Luís Sousa é contactado pela câmara de Machico para encontrar solução para um parcómetro avariado. Vê aí uma oportunidade para entrar noutro ramo de negócio e cria a Datarede para os estacionamentos. Para além de resolver o problema de Machico, vai ganhando concessões, a maioria delas fora da Madeira e do País.

A sua área de negócios abrange ainda soluções software como a AcinGov, plataforma electrónica dedicada a compras públicas, o IGest dedicado à gestão e o iDoc para gestão documental. Criou também o sistema PayPay, uma plataforma alternativa de pagamentos.

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