Investimento de cerca de 3M€ no espaço que está fechado há 24 anos. Conta com 69 lojas e estacionamento para 400 viaturas
A empresa Luminocoty, em expansão na cidade de Setúbal, decidiu investir cerca de três milhões de euros num espaço comercial no edifício Plaza Center, que está fechado há 24 anos. Com um espaço para 69 lojas e com quatro pisos subterrâneos de estacionamentos, para cerca de 400 viaturas, a empresa quer “dar vida” ao comércio no estabelecimento, localizado entre a Praça de Touros Carlos Relvas e o Interface de Setúbal.
Apesar das plantas iniciais deste projecto serem de um centro comercial, os responsáveis estão abertos a sugestões e a ouvirem ofertas de todos os comerciantes que estejam interessados em garantir um espaço neste novo local.
Uma das preocupações da equipa por detrás deste projecto, é também garantir que exista exclusividade para cada tipo de loja, explicando que não querem oferecer concorrência entre inquilinos, procurando garantir o melhor serviço para todos os comerciantes que obtenham um espaço no Plaza, assim como uma maior variedade na oferta ao cliente.
Com um total de três pisos, este espaço tem capacidade para receber 69 lojas, onde se inclui um grande espaço para um supermercado, três espaços com esplanada para restauração no exterior, estando a equipa aberta a receber restauração nos outros espaços dentro do próprio centro comercial.
Reflectindo sobre o actual estado do sector da saúde em Setúbal, Helena Aleluia, representante da empresa, realçou a importância de poder existir uma clínica neste novo espaço comercial. “É do nosso interesse que venha também uma clínica, porque se quisermos fazer algum exame específico, aqui em Setúbal não há, temos que ir para Lisboa ou Barreiro ou Almada, e o que existe é agendado a longo prazo”.
A nível de estacionamento, existem quatro pisos disponíveis, com uma oferta de quase 400 lugares de estacionamento. Tendo em conta a localização, estando na zona traseira do Interface de Setúbal, existe a possibilidade deste estacionamento também dar “apoio” aos utentes dos transportes públicos, estando ainda a organização a perceber qual a melhor forma de realizar toda esta logística.
A equipa também já reuniu com o condomínio do prédio, que ficou a conhecer o espaço, com os moradores a mostrarem-se bastante agradados com a possibilidade de terem um centro comercial debaixo de casa. “Eles gostaram muito da ideia de terem uma lavandaria, um supermercado, uma clínica, assim como outros espaços, mesmo à porta de casa”, explicou Anis Dadgar, um dos investidores.
Durante a visita d’O SETUBALENSE ao espaço, Helena Aleluia assegurou não estar preocupada com uma eventual concorrência do Centro Comercial Alegro. “Obviamente que também queremos ter lojas de marcas conhecidas, mas queremos também poder dar oportunidade aos comerciantes mais pequenos de poderem ter neste centro comercial um espaço para os seus negócios, com rendas mais acessíveis”.
Empresa avalia compra do espaço como um “bom negócio”
A nível de investimento, Anis Dadgar explicou que conseguiu fazer um “bom negócio”, ao adquirir o espaço por 864 mil euros, sendo que, ainda assim, pagou 210 mil euros em taxas, uma vez que para a cobrança das mesmas, o Governo faz as contas com base no valor patrimonial, que estava avaliado em cerca de três milhões de euros, e não no valor de compra do imóvel.
Além do valor investido na compra, segue-se um forte investimento na reabilitação do espaço, com Anis Dadgar a calcular que deverá ser gasto na recuperação do imóvel cerca de dois milhões de euros.
A obra vai ser feita em pelo menos duas fases, sendo que inicialmente a ideia passa por abrir as lojas com acesso ao lado exterior, para poder começar a “rentabilizar” o espaço, enquanto na segunda fase irão permanecer as obras no interior do centro comercial.
Investidor reconhece “enorme potencial” em Setúbal
Anis Dadgar revelou-se um verdadeiro fã da cidade sadina, assegurando que pretende manter os seus investimentos na cidade. “Nós gostamos imenso de Setúbal, tem um enorme potencial e muitos investidores não conseguem perceber isso. Prefiro muito mais esta cidade do que Lisboa, por exemplo. São realidades incomparáveis e para mim Setúbal é superior. Gosto mesmo muito de Setúbal”, realçou.
Na cidade do Sado a empresa tem feito vários investimentos, como casas com arrendamento acessível. “Detectámos essa lacuna de falta de habitação mais barata e investimos nesse aspecto”.
A empresa também comprou um edifício junto ao Largo do Bocage, ao lado do banco Millenium, sendo que este já foi renovado e conta com a existência de onze novos espaços comerciais, como a Oakberry, uma loja de animais e muita restauração.