Estado-Maior-General das Forças Armadas refere que operação serve para “reforçar a capacidade de resposta e dissuasão das forças americanas em solo europeu”
Os equipamentos militares que estão a ser descarregados, desde terça-feira, no porto de Setúbal visam “reforçar a capacidade de resposta e dissuasão das forças americanas em solo europeu”, informou esta quinta-feira o Estado-Maior-General das Forças Armadas (EMGFA).
“As operações em curso no porto de Setúbal inserem-se no âmbito do Atlantic Resolve, uma iniciativa dos Estados Unidos, lançada em 2014, que visa reforçar a capacidade de resposta e dissuasão das forças americanas em solo europeu, promovendo também a interoperabilidade com os Estados europeus membros da NATO”, disse o porta-voz do EMGFA, em resposta a perguntas da agência Lusa.
“Durante o presente mês de Novembro, esta actividade inclui operações logísticas de recepção e transporte de meios e equipamento militar norte-americano, tendo como destino o continente europeu”, acrescenta o porta-voz do EMGFA, adiantando que se trata de “um procedimento normal, que ocorre em diversos portos do continente europeu”.
Na resposta enviada à agência Lusa, o EMGFA recorda ainda que, “em Dezembro de 2023, também no âmbito do Atlantic Resolve, desenvolveu-se a retracção de equipamentos das forças americanas que se encontravam na Europa, que regressaram por via marítima aos EUA, com passagem pelo porto de Setúbal”.
Uma fonte não oficial do porto de Setúbal disse que o material militar que chegou a Setúbal na terça-feira, a bordo do navio norte-americano Endurance, ia ser transportado para a Polónia e que tinha como destino final a Ucrânia, informação que não foi oficialmente confirmada pela Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra (APSS).
Contactada pela agência Lusa, a APSS escusou-se a prestar qualquer esclarecimento sobre a operação em curso, confirmando apenas que a mesma estava a decorrer no terminal portuário da Sadopor.