10 Julho 2024, Quarta-feira

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Ensino sénior mostrou resiliência à pandemia com 72% a criar projectos on-line

Ensino sénior mostrou resiliência à pandemia com 72% a criar projectos on-line

Ensino sénior mostrou resiliência à pandemia com 72% a criar projectos on-line

|O Grupo Cordas e Cantares da UNISETI fechou a primeira parte do Congresso

O encontro que juntou entidades de formação de idosos, já não se realizava desde 2020 devido à crise pandémica

 

A pandemia da covid-19 criou dificuldades ao funcionamento das Universidades Seniores, mas estas souberam reagir adaptando os seus conteúdos, e continuando a acompanhar os alunos. “72% das Universidades criaram projectos on-line”, apontou o presidente da RUTIS – Rede de Universidades da Terceira Idade, Luís Jacob.

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Segundo o responsável, “três em quatro Universidades apresentaram propostas on-line aos seus alunos, destacando-se a utilização da rede Zoom, Facebook e o Whatsapp”. No entanto, 65% a 75% dos alunos não aderiram às actividades on-line, o que Luís Jacob explica com “dificuldades de acesso à internet” e, noutros casos, “por não terem mesmo acesso”.

Outro dado apresentado pelo presidente da RUTIS, e com base num inquérito feito aos alunos, indica que 25% a 35% destes avaliou de forma positiva as actividades on-line, já que as mesmas “ajudaram a ultrapassar o isolamento”. E sobre isto avançou: “Para ir ao encontro desses, está planeado e a ser incentivado, que as instituições continuem com actividades à distância”.

Foram informações que Luís Jacob trouxe ao IX Congresso Nacional das Academias e Universidades Seniores, organizado pela RUTIS em parceria com a UNISETI – Universidade Sénior de Setúbal e a Câmara Municipal de Setúbal, que decorreu, sexta-feira, no Auditório Municipal no Cinema Charlot.

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“Éramos para ter recebido o Congresso há alguns anos, mas por razões várias não se pode realizar”, revelou a O SETUBALENSE Arlindo Mota, presidente da Universidade Sénior de Setúbal. E defende ter sido “muito importante” que o encontro se tivesse realizado este ano e, para isso, houve um trabalho “juntamente com o presidente da RUTIS”.

Na sua intervenção, o presidente da Universidade Sénior de Setúbal destacou que as Academias e Universidades Seniores, além do convívio, “são um lugar privilegiado de relacionamento, com partilha de experiências e expectativas, onde se criam verdadeiros amigos e se desenvolve a entreajuda”.

Uma função também realçada por André Martins, presidente da Câmara de Setúbal. Ao Congresso, expressou que estas instituições “têm vindo a ganhar, cada vez mais, um peso relevante na sociedade” ao promoverem “o envelhecimento activo”, isto através de “um olhar diferente para aquela fase da vida em que [cada um] já construiu a sua própria experiência”.

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O autarca setubalense destacou ainda o trabalho realizado pela Universidade Sénior de Setúbal. “A UNISETI tem sido uma das mais importantes promotoras de um envelhecimento activo e saudável”. Um trabalho que tem merecido apoio da parte da Câmara Municipal, nomeadamente em instalações.

“Decidimos, recentemente, a reformulação do projecto de ampliação das instalações municipais onde funciona esta Universidade, para garantir também a possibilidade de ampliar os serviços prestados”, lembrou.

Entretanto, José Evaristo, da Universidade Sénior TKM D. Sancho I, em Almada, e membro do Conselho-Geral da RUTIS, destacou o trabalho realizado pela instituição e elogiou a
intervenção, em particular, de Luís Jacob.

“Deveria ser considerado pelas Universidade Seniores o reconhecimento deste trabalho que tem feito, ao longo de muitos anos. É um trabalho fundamental, não só a nível nacional, mas também internacional, com obra feita e publicada”, referiu, chegando mesmo a dizer que o presidente da RUTIS merecia ser condecorado pelo Presidente da República.

O Grupo Cordas e Cantares da UNISETI fechou a primeira parte do Congresso, numa actuação que marcou a estreia em público

Programação focou vários temas do ensino sénior

As intervenções incidiram, sobretudo, na promoção do ensino sénior, a integração dos idosos na sociedade e o combate ao isolamento e ao preconceito para com os seniores.

Da parte da manhã, intervieram Maria Seruya, com a apresentação do projecto “Velha Bonitona”; José Carreira, da revista “Envelhecer” e o combate ao preconceito de idade com o programa “Stopidadismo”.

Bruno Soares e Cristina Teixeira deram a conhecer o Laboratório do Envelhecimento, em Ílhavo; Frederico Assunção, falou sobre as ofertas da Dantas e Rodrigues, Advogados, no direito dos mais velhos e Luís Santos apresentou as actividades e funcionamento da Universidade Sénior Nova Atena, em Oeiras. No final, e em estreia, apresentou-se o Grupo Cordas e Cantares da UNISETI.

Na parte da tarde olhou-se sobretudo para as experiências nas universidades seniores, com intervenções de Silvia Triboni, do projecto Repórter 60+; Arlindo Mota pela UNISETI; RUTIS Porto, com a Academia Intergeracional do Porto; e João Teixeira, com PSE – Cientistas Seniores.

Fechou o Congresso Luís Jacob, presidente da RUTIS, com a apresentação do Conselho Sénior e o funcionamento das Universidades Seniores durante a pandemia.

PRR Secretária de Estado abre porta a mais apoios para as Universidades Seniores

Rita da Cunha Mendes, Secretária de Estado da Acção Social, juntou-se à sessão de
abertura, via zoom, enaltecendo o trabalho realizado pelas Universidades Seniores, com uma intervenção que veio no seguimento do pensamento dos restantes oradores que abriram o congresso.

O destaque na intervenção da Secretária de Estado foi para a possibilidade de mais apoios e intervenções para as Universidades Seniores, a exemplo do que já está a ser realizado para instituições sociais que prestam apoio e acompanhamento a idosos.

“Relativamente ao PRR [Plano de Recuperação e Resiliência], seguir-se-ão outros avisos com o objectivo de alavancar outras respostas inovadoras, para as quais poderão candidatar-se instituições fora do sector social, e aqui também uma oportunidade para associadas da RUTIS, para desenvolverem respostas que sejam diferenciadores e que promovam a qualidade e autonomia das pessoas mais velhas”, revelou Rita da Cunha Mendes.

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