Corpo de Gina Caramelo, de 64 anos, já se encontra na morgue do Hospital de São Bernardo
Depois de alertada por Rúben Rodrigues, filho da vítima, para a ligação de Gina Caramelo ao Cabo Espichel, em Sesimbra, a Polícia Marítima da capitania do Porto de Setúbal iniciou na manhã de ontem buscas na área.
A sexagenária foi encontrada, ao início da tarde, a meio de uma escarpa de forte desnível, com mais de cem metros, que se situa abaixo do conhecido miradouro do Cabo Espichel. Foi, inclusive, necessária a intervenção de um helicóptero da Força Aérea Portuguesa para a remoção do corpo, cujo óbito foi declarado no local.
Fonte dos Bombeiros Voluntários de Sesimbra, chamados a participar na operação, disse a O SETUBALENSE que Gina Caramelo esteve sempre sozinha, não havendo testemunhas que digam o contrário. Não há, contudo, qualquer indício de crime neste incidente.
O local onde Gina Caramelo fora encontrada, na parte detrás da igreja, é conhecido pelo esplendor da sua paisagem, mas também por muitos episódios idênticos ao que protagonizou agora a vítima de 64 anos, cujos motivos ficam por explicar, dada a natureza solitária em que ocorreram.
A mãe de Rúben Rodrigues, que enfrentava uma profunda depressão derivado da morte do seu marido há cerca de dois meses, abandonou a habitação sem carteira, documentos ou medicação.
Gina Caramelo foi vista pela última vez por uma vizinha na manhã do passado sábado, dia em que terá desaparecido, junto à sua casa, na Avenida Bento Gonçalves, em Setúbal.
Nesta operação, coordenada pela Polícia Marítima, participaram perto de 40 operacionais, entre os quais a Força Aérea Portuguesa, a Guarda Nacional Republicana, o Instituto de Socorro a Náufragos (ISN), o INEM e os Bombeiros Voluntários de Sesimbra.
O corpo de Gina Caramelo chegou à morgue do Hospital de São Bernardo por volta das 15h30.