Grupo líder de torres eólicas cria unidade no complexo da Lisnave, que vai permitir fabricar estruturas maiores
A empresa metalomecânica A. Silva Matos, que a partir de Sever do Vouga constrói torres eólicas para mercados de todo o mundo, prepara-se para instalar uma nova fábrica no complexo industrial da Lisnave, em Setúbal.
A fábrica em Setúbal servirá a montagem de grandes estruturas – as fundações que suportam as torres eólicas flutuantes – e junta-se a outra, instalada no porto de Aveiro.
O investimento da A. Silva Matos nas duas cidades deve-se à crescente lista de encomendas de torres destinadas a parques eólicos instalados em todo o mundo e também à necessidade de transportar os componentes, de dimensões cada vez maiores, por via marítima.
Em 2011, a A. Silva Matos foi responsável pelo fabrico da primeira eólica flutuante de grandes dimensões do país, o protótipo WindFloat, no âmbito de um projecto da EDP Inovação.
A estrutura foi montada numa das docas secas da Lisnave, em Setúbal, durante cerca de três meses, e depois rebocada dos estaleiros navais para alto-mar, ao lago da Póvoa de Varzim, onde foi testada.
Nesse ano, a empresa de Sever do Vouga entrou no sector dos parques eólicos flutuantes com uma estrutura eólica “offshore” inovadora a nível mundial.
A A. Silva Matos, presidida por Adelino Silva Matos e fundada pelo pai há 36 anos, é o maior fabricante nacional de torres eólicas, com nove unidades, incluindo uma no Brasil, e 3.500 torres fabricadas na última década.
Em 2016, a empresa, que tem 400 funcionários, facturou 50 milhões de euros e agora o objectivo é atingir outros 50 milhões de euros só no sector das torres eólicas em 2020.