16 Agosto 2024, Sexta-feira

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Emprego e desenvolvimento da região vão estar em debate em Setúbal no congresso da União dos Sindicatos

Emprego e desenvolvimento da região vão estar em debate em Setúbal no congresso da União dos Sindicatos

Emprego e desenvolvimento da região vão estar em debate em Setúbal no congresso da União dos Sindicatos

Para além de elegerem a nova direcção, os sindicalistas vão abordar questões salarias e vincar o novo aeroporto no campo de Tiro de Alcochete

 

A União dos Sindicatos de Setúbal (USS), afecta à central sindical comunista CGTPIN-IN, vai reunir no XI Congresso a 7 de Outubro, onde, para além da eleição da nova direcção, para onde vão entrar 20 novos elementos, serão debatidas questões relativas ao emprego e serviço público, sendo ainda apresentadas propostas para o desenvolvimento da região e do distrito.

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Na reunião magna, que vai decorrer no Forum Luísa Todi, em Setúbal, será também focada a construção do novo aeroporto internacional de Lisboa. Uma matéria polémica em que o Governo defende a opção Base Área do Montijo e outros, caso do PCP e seus autarcas, insistem que a melhor opção é a construção no Campo de Tiro de Alcochete.
“Dizemos que o país precisa de um novo aeroporto, mas a opção Montijo é um remendo, por isso não serve”, afirma Luís Leitão, coordenador da USS. Para o sindicalista, o executivo de António Costa tem colocado em cima da mesa um argumento que deixou de fazer sentido. “A desculpa de não haver tempo para a construção do aeroporto no Campo de Tiro de Alcochete já não serve, porque com a actual pandemia há menos movimento aéreo e uma baixa muito significativa no turismo. Portanto, há mais do que tempo”. E reafirma: “a melhor opção é o Campo de Tiro de Alcochete”.

Sobre a agenda do XI Congresso – Valorizar o Trabalho e o Distrito, Luís Leitão adianta que vai ser debatido, e exigido, o fim do emprego com vínculo precário, mais ainda quando, particularmente na região, “com a pandemia temos actualmente 10 mil trabalhadores que foram dispensados por serem precários”. A esta matéria vai ser acrescentada a defesa do aumento salarial e a contratação colectiva no sector da administração pública e também no privado.

Referindo-se ao Salário Mínimo Nacional, o sindicalista diz que a proposta da USS passa por um aumento de pelo menos, até aos “850 euros”, e o “mais rapidamente possível”. Ou seja, dentro de dois anos, sendo que para 2021 aos actuais 650 euros “devem ser acrescentado 90 euros”. E não tem dúvidas que de que as empresas têm capacidade para responder a esta exigência.

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“Neste tempo de pandemia as empresas tiveram ajudas do Estado, nomeadamente através do layoff. De facto, terão perdido algum lucro, mas pouco, e o que observamos é que a distribuição do rendimento ficou ainda mais desfasada, e mais afectada ficou a situação de muitos trabalhadores que perderam rendimento ou mesmo o emprego”.
O desenvolvimento da região e do distrito vão estar também em debate, com os sindicalistas em congresso a apontarem os sectores das pescas e da agricultura. No caso das pescas, para além do reforço do investimento do Estado no sector, vão ser questionadas as quotas de apanha. “Tem de ser aumenta a permissão à pesca de cerco”, diz o sindicalista, que aponta particularmente a pesca da sardinha. “Concordamos que tem de existir um defeso, mas existem dados que contradizem as actuais quotas de pesca; essas podem ser aumentadas”. Isto com vantagens a nível nacional, e concretamente para a região que tem boa parte da sua economia ligada a esta arte.
No caso da agricultura, defende Luís Leitão que podem ser aplicadas as boas práticas da vitivinicultura na região, um sector que se “modernizou e pode ser um bom exemplo para a horticultura e fruticultura”. É o que tem acontecido em zonas como, por exemplo, Palmela.

“Tanto a região como o distrito têm boas oportunidades através dos seus sectores económicos para atingirem um sério padrão de desenvolvimento, para isso o Governo não pode passar ao lado; tem de investir e contribuir para a garantia do emprego e dignamente remunerado”, comenta Luís leitão.

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