Dores Meira reúne amanhã com secretária de Estado sobre obra do Centro de Saúde de Azeitão

Dores Meira reúne amanhã com secretária de Estado sobre obra do Centro de Saúde de Azeitão

Dores Meira reúne amanhã com secretária de Estado sobre obra do Centro de Saúde de Azeitão

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A Câmara de Setúbal cedeu um terreno para o novo Centro de Saúde de Azeitão, mas o Ministério da Saúde quer uma área maior. Dores Meira sentiu-se indignada e quer explicações. Entretanto a maioria CDU chumbou a proposta do PSD sobre uma unidade móvel de saúde para a Freguesia de Gâmbia, Pontes e Alto da Guerra

 

 

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A presidente da Câmara de Setúbal está descontente com o Ministério da Saúde por causa do processo de construção do Centro de Saúde de Azeitão. Diz Maria das Dores Meira que a autarquia deu um terreno de mil metros quadrados para este equipamento junto à Estrada Nacional 10, “um terreno que vale bastante dinheiro”, e agora o Ministério “veio dizer que não constrói com aquela área e exige um com três mil metros quadrados”.

Segundo a autarca, o Ministério alega que a área do novo centro é para ficar de acordo com o programa de instalações para a Saúde e, para ser esclarecida sobre esta decisão vai reunir amanhã com a secretária de Estado da Saúde, Raquel Duarte.

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Para além de mais terreno, o Ministério da Saúde ainda terá colocado outras condições. “É um desplante”, comenta Maria das Dores Meira, e conta ter sido sugerido à autarquia avançar com os custos dos projectos de infraestruturas, construção de uma zona arborizada e ainda espaço para estacionamento.

A autarca considera não ser coerente a carga de custos que o Governo quer colocar em cima das câmaras, e voltou à carga na sua tese contra a transferência de competência nos moldes que o executivo de António Costa quer aplicar. “Já recebemos por parte do Ministério [Administração Interna] a listagem daquilo que seria a transferência de competências se aceitássemos agora a área da educação, saúde e protecção civil”.

“É um escândalo”. Vamos fazer uma reunião [de executivo] para analisar. Maria das Dores Meira, que falava durante a última sessão de Câmara, chegou a comentar que se as intenções do Governo em matéria de transferência de competências avançarem, “as câmaras vão ter de fechar portas”, tal o peso dos encargos financeiros que lhes quer impor. E acrescentou: “os sucessivos governos querem que as câmaras cumpram os seus desígnios políticos e não querem ter competências”.

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Maioria CDU rejeita unidade de saúde móvel

 

A presidente da Câmara de Setúbal dava nota da sua discordância sobre a política do Governo nesta matéria depois de ter criticado uma proposta apresentada pelo vereador do PSD, Nuno Carvalho, sobre criar uma unidade de saúde móvel na Freguesia de Gâmbia, Pontes e Alto da Guerra, isto “considerando que não se encontra prevista a construção de qualquer equipamento de prestação de cuidados de saúde num futuro próximo na área geográfica da freguesia, cuja responsabilidade é da administração central”, diz o texto da proposta.

Na deliberação que recebeu os votos contra da CDU e a favor do PS e PSD, pretendia-se que fosse estabelecido “um protocolo celebrado com a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale Do Tejo, que tenha por objeto uma cooperação entre esta entidade e o Município de Setúbal para o funcionamento de uma unidade móvel de intervenção naquela Freguesia”.

Para a Câmara de Setúbal ficavam as obrigações de “disponibilização de um espaço físico para acolhimento dos utentes da unidade móvel” assim como “disponibilização de um assistente técnico para articular-se com a equipa responsável pela Unidade de Saúde Móvel no que concerne o atendimento, acolhimento e registo de utentes” e ainda “articulação e colaboração com a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale Do Tejo em tudo o que for necessário para garantir a boa execução deste projeto”.

Um conteúdo que não agradou aos eleitos da CDU que criticaram duramente a proposta e mereceu da parte da presidente da Câmara o comentário de que o PSD tem um “desconhecimento total dos custos que esta proposta envolve”. E não se ficou em meias palavras ao afirmar que “a responsabilidade de fazer isso é do Governo”.

Entretanto vereador socialista Paulo Lopes referiu que esta proposta “vai no sentido do que se pretende fazer com o Serviço Nacional de Saúde”, e revelou ter conhecimento de que o Centro de saúde de Azeitão e a obra de extensão do de vale do Cobre “está nas prioridades do Ministério da Saúde”, pelo que “serão construídos já no novo governo”, isto caso o PS vença as Legislativas a 6 de Outubro.

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