Sociais-democratas dizem estar preocupados com os dados, que colocam “Setúbal como o terceiro distrito com mais criminalidade registada”
A Comissão Política Distrital de Setúbal do PSD considera “inquietante” o aumento da criminalidade na região, uma vez que o Relatório Anual de Segurança Interna (RASI) revela que no ano passado foram “registados mais 2 591 crimes, o que constitui um crescimento de 9% face a 2021”.
Depois de analisarem o relatório, os sociais-democratas dizem que os dados apresentados, referentes a 2022, são “preocupantes”, ao colocarem “Setúbal como o terceiro distrito com mais criminalidade registada”.
“O PSD olha com particular preocupação para a subida da criminalidade violenta e grave, que cresce 7,8% face a 2022, o que se traduz em 1 330 crimes graves e violentos”, refere a Comissão Política Distrital do PSD de Setúbal.
Em simultâneo, o PSD de Setúbal explica que “não pode deixar de lamentar que a violência doméstica continue a crescer, tendo um crescimento superior à média nacional, que aumentou 15%, sendo que no Distrito de Setúbal [assistiu-se] a um aumento de 16,9% da violência doméstica”.
“Se compararmos os números de 2022 com o ano de 2019, ano anterior à pandemia, o Distrito de Setúbal tem um crescimento de 679 crimes, ou seja, mais 2,2%. Infelizmente estes dados vêm dar razão ao PSD, quando exige mais efectivos e mais meios para as forças de segurança”, acrescentam os sociais-democratas.
A Comissão Política Distrital de Setúbal do PSD defende que o “Governo tem de mudar a sua política de segurança e de apoios relativamente à região, pois não tem qualquer plano estratégico de segurança para o distrito”.
“Por isso [o Governo] não considera prioritário o investimento em infra-estruturas de segurança, não obstante os números elevados de criminalidade na região, que continua a ignorar”, criticam os sociais-democratas, que afirmam serem “necessários mais meios para trazer mais segurança à população do Distrito de Setúbal”.
O RASI é “um instrumento de aferição do resultado do trabalho das diversas entidades que concorrem para a segurança interna em Portugal”, tendo por “base o registo verificado no período de Janeiro a Dezembro, remetido pelos oito órgãos de polícia criminal que congregam a maior expressão de ocorrências registadas e comunicadas à Direcção-Geral de Política de Justiça”.