Distrital do PS quer rever programa do partido e declaração de princípios

Distrital do PS quer rever programa do partido e declaração de princípios

Distrital do PS quer rever programa do partido e declaração de princípios

Decisão tem como objectivo restabelecer “encontro com as principais preocupações da sociedade” após “sério e grave revés” causado após as legislativas

A Federação Distrital de Setúbal do Partido Socialista (PS) defende que a declaração de princípios, assim como o programa socialista devem ser revisitados, com o objectivo de restabelecer um “encontro com as principais preocupações da sociedade” após um “sério e grave revés” causado pelo resultado das eleições legislativas.

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Na noite da passada quinta-feira, no Barreiro, a comissão política distrital socialista, reuniu-se com o Conselho Estratégico, de forma extraordinária, tendo aprovado uma resolução, à qual O SETUBALENSE teve acesso.

Neste documento, o partido rosa realça que as eleições legislativas do passado dia 18 de Maio “constituíram um sério e grave revés para o Partido Socialista”, que” a direita radical passará a ter representação institucional relevante” e que os “passos que o PS tem agora de dar devem ser solidamente ponderados”.

“Que se privilegia a análise política não fulanizada, ou seja, não centrada em pessoas, mas sim em causas, não se perdendo de vista, a razão do progressivo crescimento dos populismos de direita e do simultâneo definhamento dos partidos e mensagem de esquerda”, lê-se na deliberação.

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É ainda proposto neste documento que “esse processo de análise seja acompanhado da revisitação – mantendo a essência do seu espírito – da Declaração de Princípios do PS”, sendo que esta foi revista pela última vez há mais de 20 anos.

“E de uma revisão programática que restabeleça o encontro com as principais preocupações da sociedade, abrindo essa discussão a outros agentes cívicos, académicos, entidades representantes dos trabalhadores, associações e profissionais de diferentes sectores”, acrescenta.

Ainda assim, apesar daquilo que consideram ser “méritos inegáveis de muitas das medidas prosseguidas pelos Governos do PS”, os assinantes deste documento sublinham a necessidade de um diagnóstico, “com racionalidade”, das políticas e formas de comunicação que “geraram o desencontro vigente do PS com a sociedade portuguesa”.

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Os socialistas deixaram também o alerta da necessidade de que as eleições internas do partido rosa respeitem as exigências dos próximos actos eleitorais, começando pelas eleições autárquicas.

A nível distrital, se nas últimas legislativas o partido socialista venceu nos treze concelhos do distrito, desta feita a lista liderada por António Mendonça Mendes alcançou o triunfo em apenas cinco. Dos sete deputados, que no ano passado elegeu à Assembleia da República, nas legislativas do passado domingo ficou-se pelos cinco eleitos. A diferença percentual foi significativa, dos 31,27%, passou para os 24,97%.

Já segundo os resultados provisórios, e ainda sem os votos contados da emigração, a nível nacional o PS perdeu 20 deputados e tem, neste momento, 58 lugares no parlamento, com um resultado de 23,38%, ou seja, 1.394.491 votos.

Desta forma o PS surge quase empatado com o Chega e, em comparação com os mesmos resultados do ano passado, também sem a emigração, perdeu cerca de 365 mil votos num ano.

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