Entidade religiosa afirma que “se D. Manuel António dos Santos” está na cidade “é algo que dirá respeito à sua vida pessoal”
A Diocese de Setúbal diz não ter, “neste momento, qualquer informação de quem será o próximo Bispo”, garantindo que “quando existir nomeação certamente” a divulgará “com alegria”.
Em cima da mesa está o nome de D. Manuel António dos Santos, que tem sido visto pela cidade sadina, onde tem estado presente em diversas celebrações religiosas e é cumprimentado por fiéis.
Contudo, questionada por O SETUBALENSE, a mesma entidade religiosa não confirma tal presença, respondendo apenas que “se D. Manuel António dos Santos está em Setúbal é algo que dirá respeito, por certo, à sua vida pessoal”.
“É uma questão à qual não nos cabe responder e, portanto, não temos qualquer comentário a fazer”, adiantou a Diocese de Setúbal. Em seguida, relembrou que D. Manuel António dos Santos “pediu renúncia do governo pastoral da Diocese de São Tomé e Príncipe”, passada década e meia, “por motivos de saúde”.
“Ao fim de 15 anos, sendo uma igreja pequena em que tudo se centra no bispo, acabo por me sentir já bastante cansaço e, portanto, a necessitar de restaurar forças, reanimar a vida”, disse o ex-bispo de São Tomé e Príncipe à Agência Ecclesia.
Já em Setúbal, em diversas missas, nalgumas das quais D. Manuel António dos Santos tem participado, tem sido transmitida uma mensagem de esperança de que o Natal traga um novo Bispo de Setúbal.
A forte experiência e conhecimento que possui do território sadino, uma vez que foi, de 1997 a 2001, pároco de São Sebastião e responsável pela Vigararia do Coração de Maria, coloca o ex-bispo de São Tomé e Príncipe na mira para se tornar o quatro Bispo de Setúbal.
O nome de D. Manuel António dos Santos está, assim, a ganhar força para passar a ocupar a função que se encontra vaga na Diocese sadina desde o passado dia 28 de Janeiro, com o processo de nomeação a depender directamente da Santa Sé.
A Diocese encontra-se em “Sede Vacante” há quase um ano, termo que se aplica ao período que decorre desde a morte ou renúncia de um Papa até à eleição do sucessor.
Enquanto não é nomeado o sucessor de D. José Ornelas, que foi transferido para a Diocese de Leiria-Fátima, o governo compete ao Colégio dos Consultores, que elegeu o Padre José Lobato como Administrador Diocesano de Setúbal, o que significa que todas as obrigações do Bispo são por si assumidas.
O anterior Bispo de Setúbal sucedeu a D. Gilberto Canavarro dos Reis, sendo que a saída de D. José Ornelas de Setúbal representou um acontecimento inédito na diocese sadina, na qual D. Manuel Martins e D. Gilberto Canavarro dos Reis, os dois bispos antecessores, ocuparam o cargo até à renúncia por motivos de idade.