Bispo Américo Aguiar agradeceu “sacrifício” dos catequistas, que “muda a vida de tanta gente”
A Diocese de Setúbal celebrou o Jubileu dos Catequistas, reunindo na cidade do Sado cerca de 400 pessoas dedicadas à transmissão da fé de crianças, jovens e adultos. Na cerimónia o Bispo de Setúbal entregou diplomas aos catequistas que completaram 25, 50, 60 e 70 anos de “missão” e agradeceu o “sacrifício” que estes fazem, mas que “muda a vida de tanta gente”.
Durante a celebração deste domingo, Américo Aguiar dirigiu-se aos catequistas e pediu que estes sejam “acima de tudo, homens e mulheres de testemunho de fé”. “Se as crianças, os jovens e os adolescentes chegarem ao fim da catequese e tiverem ganho do catequista ou da catequista o hábito de rezar, está a ganho”, afirmou.
No entender do cardeal o “ser especialista” não vale de nada se os catequistas tiverem “dificuldade em transmitir, em dar testemunho desse Cristo vivo que habita nos corações. Sejamos equilibrados nos cursos, nas preparações, deixem também tempo ao coração, à preparação espiritual”, acrescentou.
Américo Aguiar agradeceu os sacrifícios dos catequistas e a opção de não fazerem “tantas outras coisas” com o seu tempo. “Nós queremos dizer-vos obrigado por aceitarem o chamamento a serdes catequistas, porque a nossa Diocese nestes 50 anos está muito agradecida. E a Igreja às vezes tem dificuldade em reconhecer, em agradecer e em retribuir”, reflectiu.
O líder da diocese setubalense quis também agradecer os “sacrifícios” que “ajudam a mudar a vida de tanta gente”. “Sábado após sábado, domingo após domingo, semana após semana, ano após ano, apesar de tudo, apesar dos problemas, apesar das dificuldades, apesar de algumas catequistas julgar que mandam em tudo, que mandam no padre, nós sabemos que há vidas que foram tocadas graças à pessoa do catequista ou da catequista”, realçou.
Américo Aguiar destacou ainda a importância que os catequistas têm da vida dos jovens, tendo por vezes mais impacto “do que as próprias famílias”. “Principalmente quando temos consciência do quanto isso é, para nós, uma enorme responsabilidade. Alguns de vocês, algumas de vocês, têm, de facto, a vida dos jovens nas vossas mãos. E podem condicionar essas vidas”, notou.