Diocese de Setúbal perde sete mil fiéis nas missas nos últimos dez anos

Diocese de Setúbal perde sete mil fiéis nas missas nos últimos dez anos

Diocese de Setúbal perde sete mil fiéis nas missas nos últimos dez anos

Grupo etário com mais de 70 anos representa maior percentagem enquanto jovens marcam cada vez menos presença

A Diocese de Setúbal teve uma forte descida nos últimos 24 anos quanto à participação dominical, com a perda de cerca de 10 mil fiéis. Foi nos últimos 10 anos que se registou uma descida mais acentuada, resultando da ausência de cerca de sete mil fiéis, com os dados a mostrarem que de 34 mil e 960 pessoas, em 2001, passou-se para 24 mil 142 participações, em 2024, uma queda significativa de cerca de 31%.

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Esta informação foi apresentada pela comissão técnica da Comissão do Novo Mapa Diocesano, que, no estudo divulgado, mostrou um primeiro conjunto de análises sobre os resultados do Censo da Prática Dominical, realizado em Maio. A divulgação aconteceu nas jornadas «Territórios, Fé e Futuro: História e Património da Diocese de Setúbal. Um Roteiro para o Jubileu dos 50 Anos», inseridas no âmbito do Jubileu Diocesano que a Diocese de Setúbal está a celebrar, e tiveram lugar no Convento dos Capuchos, na Caparica, em Almada.

No estudo refere-se que, com uma população total de 24 mil 142 pessoas, a maior percentagem é representada pelo grupo etário de mais de 70 anos, que compreende 6316 pessoas, e corresponde a 26% do total.

“A faixa etária dois 55 aos 69 anos, também é significativa, com 4770 pessoas. Juntas, as duas faixas etárias representam metade da população (46%). Os grupos etários, dos 40 a 54 anos (4697 pessoas) e a faixa dos 25 aos 39 anos (2245 pessoas, 9%). As faixas etárias mais jovens, dos 6 aos 14 e dos 15 aos 24 anos, representam apenas 16% e 9%, respectivamente”.

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Nélia Vicente, da comissão técnica, revelou que os “efeitos de secularização”, na zona da Marateca e de Canha, e fluxos migratórios, com zonas da diocese com uma presença de população “mais jovem e participativa”, como é o caso da Caparica ou da Amora e Seixal “onde as pessoas vindas dos PALOP representam uma maioria”, influenciam, indicam a necessidade de uma “reflexão mais profunda” perante os resultados.

Na análise a estes dados, Américo Aguiar manifestou o seu desejo de que “todos, todos, todos” sejam capazes de “fazer alguma coisa que permita que a missão no território possa ter mais sucesso, daquilo que é o essencial da missão” da Igreja.

O Bispo de Setúbal deixou ainda o desejo que se faça uma “partilha do estado, não do estado da nação, mas do estado da situação”. “Após estes meses de trabalho, que a Comissão possa levantar alguns véus, para saber um bocadinho sobre como é a situação, como é que estamos”, afirmou na sessão.

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