Nuno Carvalho condena comunista por fazer “referência à presença de uma ideologia nazi na Ucrânia” em pleno conflito militar
O deputado do Partido Social Democrata (PSD) eleito por Setúbal, Nuno Carvalho, apresentou no passado domingo, junto da Comissão para a Igualdade e Contra a Discriminação Racial (CICDR), uma queixa contra João Oliveira, por considerar que o comunista fez uma “declaração que propicia uma discriminação aos ucranianos em função da sua nacionalidade”.
Isto porque em entrevista ao jornal Público no passado dia 4 de Fevereiro, João Oliveira, líder parlamentar do Partido Comunista Português (PCP) à data da intervenção, “fez várias referências à presença de uma ideologia nazi na Ucrânia, associando essa presença aos actuais símbolos de resistência do país à invasão militar, impulsionada pela decisão do presidente da Rússia, Vladimir Putin”.
“As considerações que faz sobre os símbolos da resistência ucraniana, o poder político e militar são ofensivas para o povo ucraniano”, disse Nuno Carvalho a O SETUBALENSE.
Além disso, “na entrevista, João Oliveira não tem nada a dizer sobre Vladimir Putin, que representa o pior dos homens que ataca a liberdade, mas condena quem representa a defesa da liberdade da Ucrânia”, acrescentou.
Na queixa apresentada, à qual O SETUBALENSE teve acesso, o deputado social-democrata eleito pelo círculo de Setúbal afirma que a associação feita por João Oliveira, “designadamente ao presidente da Ucrânia e forças militares, num momento em que ocorre o envolvimento de civis no conflito militar e que o presidente ucraniano é considerado um ‘herói nacional’, representa uma declaração que propicia discriminação em função da nacionalidade aos milhares de ucranianos envolvidos no combate à invasão ilegal à Ucrânia”.
É igualmente discriminatória, garante Nuno Carvalho, para “toda a comunidade ucraniana residente em Portugal, que manifestam o seu apoio a estes combatentes e ao presidente Volodymyr Zelensky, uma vez que João Oliveira afirma existir uma ideologia nazi presente no poder político e militar da Ucrânia, com a qual o próprio presidente do país ‘compactua’, segundo o entrevistado”.
“Estas declarações insultam o presidente da Ucrânia e toda a comunidade de ucranianos em Portugal que o apoia”, considera.