Debate aceso pela liderança da distrital do PSD de Setúbal

Debate aceso pela liderança da distrital do PSD de Setúbal

Debate aceso pela liderança da distrital do PSD de Setúbal

Luís Rodrigues vê actual direcção como “incapaz e esgotada”. Paulo Ribeiro quer PSD como “força dominante” do distrito. Candidatos confiantes em João Afonso para vencer no Montijo

Os candidatos à Comissão Política Distrital de Setúbal do Partido Social Democrata (PSD), estiveram num frente a frente dominado pelas autárquicas de 2025, o poder do partido laranja a nível distrital e a acumulação de funções governamentais e partidárias.

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Num debate onde Luís Rodrigues e Paulo Ribeiro colidiram em vários aspectos, a concordância foi alcançada relativamente à importância que a Câmara Municipal do Montijo pode ter no futuro do PSD no Distrito de Setúbal. Os candidatos concordam que João Afonso, vereador na Câmara Municipal do Montijo, é a grande esperança do partido para conquistar a primeira câmara de sempre no distrito.

Luís Rodrigues e Paulo Ribeiro debateram nesta segunda-feira, na rádio POPULAR FM, e com transmissão em directo no Facebook d’O SETUBALENSE, o futuro da distrital do PSD de Setúbal, órgão que vai a eleições neste sábado, dia 12 de Outubro.

Paulo Ribeiro quer PSD como “força dominante” no distrito

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Para o actual presidente, Paulo Ribeiro, apesar de “existirem melhorias”, não está contente, assegurando que apenas estará quando o partido laranja for “a força dominante” no distrito.  “Temos a intenção, a vontade e a força para fazer a mudança estrutural no distrito. Não há esgotamento, há ambição, há responsabilidade. É uma equipa que se tem renovado todos os anos. O que tenho procurado fazer e o que queremos continuar a fazer é uma política de proximidade com as nossas estruturas”, referiu.

Já Luís Rodrigues vê as coisas de forma totalmente contrária, considerando que a equipa “que está no poder na distrital há cerca de duas décadas está esgotada” e já não tem “nada de novo” para apresentar. “As estruturas débeis continuam frágeis. As estruturas do Sul continuam frágeis. Estamos a menos de um ano das autárquicas, e agora é que a actual liderança está a dizer que vai fazer, quando já o devia ter feito nos 13 concelhos, e neste momento, aquilo que se passa nas estruturas, especialmente a Sul do distrito, é que temos muita debilidade. A estrutura que está actualmente na liderança não tratou a tempo”, considerou o candidato.

Liderança actual comparada com Putin e Medvedev

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No entender de Luís Rodrigues, as distritais têm de “assumir para o bem e para o mal as suas responsabilidades”, considerando que a equipa que está “há 20 anos à frente”, pode “dizer que troca”, comparando com a situação política na Rússia entre Vladimir Putin Dmitry Medvedev, considerando que essa equipa “não deve estar à frente” dos destinos do PSD.

Uma das questões em que os dois candidatos também divergiram foi na acumulação de funções, tendo em conta que Paulo Ribeiro é actualmente secretário de Estado da Protecção Civil. Para Luís Rodrigues as funções de governante “deveriam ser concentrar-se na acção governativa”, que é aquela que, no seu entender, “é mais importante” para os portugueses. No entender conselheiro nacional do PSD, as questões partidárias “são importantes”, mas “há mais gente com certeza com essa capacidade”.

Autárquicas unem oponentes

Quando o tema são as autárquicas de 2025, Luís Rodrigues e Paulo Ribeiro parecem estar mais unidos de ideias, começando pela forma como devem ser escolhidos os candidatos para as câmaras municipais. A equipa de Paulo Ribeiro tem “uma lógica muito clara”. “A escolha dos candidatos autárquicos deve ser, numa primeira instância, das comissões políticas”, referiu, confessando ainda que nesta altura estão “cerca de 80% dos candidatos indicados”. Também Luís Rodrigues considerou que na escolha de candidatos “não há muitas diferenças” entre a sua lista e a equipa oponente.

A verdadeira convergência entre os dois candidatos aparece quando a discussão é o futuro da Câmara Municipal do Montijo. Para Paulo Ribeiro, é um concelho “muito emblemático” que pode ser conquistado. O secretário de Estado recordou que João Afonso é um candidato “que não merecia muita confiança de muitos que hoje batem com a mão no peito por ele”. Analisando o congresso do PSD de 2022, Paulo Ribeiro recordou que a Comissão Política Distrital por si presidida teve a oportunidade de apresentar em congresso uma moção dando conta que era preciso “focar as atenções” no concelho do Montijo e “apontar o nome” do vereador João Afonso. “Fomos muito criticados porque estávamos a antecipar demasiado. O que nós quisemos fazer foi dar um sinal muito claro da união do partido para fazer tudo o que possamos para ganhar aquela câmara”.

Para Luís Rodrigues o Montijo é um conselho onde o PSD “está sempre no quase”. “O João Afonso fez a mesma coisa, e, portanto, se ele agora for o candidato, com certeza que terá o nosso apoio”. O candidato apontou também que, apesar de ser “muito importante” para ganhar o Montijo, é “fundamental que o partido esteja todo unido” no Montijo, e fora dele.

“O Chega não é o bicho papão do PSD”

Uma questão levantada por Luís Rodrigues foi a necessidade de perceber, relativamente às autárquicas, quais são “as pretensões e quais são as melhores opções para lá chegar”.

“Poderá ser interessante ver o que é que fazemos com a Iniciativa Liberal. Nalguns casos com outros partidos eventualmente, mas temos aqui sempre a questão do Chega, apesar do Chega ser um partido que é transversal e que foi buscar eleitorado a vários partidos. O Chega não é propriamente o bicho papão do PSD”, atirou.

Ainda relativamente ao Montijo, Luís Rodrigues considera que essa Câmara Municipal  é aquela que “vai motivar mais”, considerando ainda assim que há outros concelhos em que existe a necessidade de “encontrar novos protagonistas e dar-lhes protagonismo”.

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