Entre os diplomas que apresentou, deputada destaca a questão da proibição das terapias de reconversão” para pessoas LGBTQI
A deputada não inscrita Cristina Rodrigues apresentou mais de 30 projectos de lei desde que deixou o grupo parlamentar do PAN, há um ano, e faz um balanço “muito positivo” do mandato até agora.
“Desde que me tornei deputada não inscrita apresentei 33 ou 34 projectos de lei, cerca de 40 projectos resolução e 180 questões talvez, portanto tem sido um ano de muito trabalho”, afirmou, em declarações à agência Lusa.
Depois de nas legislativas de Outubro de 2019 ter sido eleita pela primeira vez deputada do Pessoas-Animais-Natureza, pelo círculo de Setúbal, Cristina Rodrigues desvinculou-se do PAN em 25 de Junho do ano passado. Na altura, justificou a decisão acusando a liderança do partido de a silenciar e condicionar a sua “capacidade de trabalho”.
Hoje, faz um “balanço muito positivo” do mandato independente até agora. “Obviamente que o período inicial teve um período de adaptação para perceber os constrangimentos aos desafios de deputada não inscrita, mas julgo que agora ganhámos balanço e estamos de facto a fazer um trabalho que tem sido meritório”, salientou.
Entre os diplomas que apresentou, a deputada não inscrita destacou “a questão da proibição das terapias de reconversão” para pessoas LGBTQI, as propostas sobre “o reconhecimento do direito ao luto de quem sofre a perda gestacional” e, ainda, “a questão da pobreza menstrual”.
Neste balanço, Cristina Rodrigues lamentou a rejeição pela Assembleia da República de algumas das suas iniciativas, nomeadamente o diploma para que os crimes sexuais fossem crime público. “É algo que eu vou voltar a insistir de certeza absoluta”, garantiu, salientando que é um dos pontos “fulcrais nesta legislatura”.
Sobre o futuro, a parlamentar indicou que manterá a “mesma linha” nos temas sobre os quais se debruçará mais, “relativamente aos direitos humanos, igualdade de género e direitos dos animais”.
FM / Lusa