Iniciativa fornece Hospital de Setúbal, que deu o material, com máscaras e botas próprias para os profissionais
Uma iniciativa “sem protagonismos”. É assim que se assume o grupo de voluntários, do qual fazem parte duas costureiras das marchas populares setubalenses que estão a produzir máscaras e botas adequadas para os profissionais de saúde do Hospital S. Bernardo, a mãos com a pandemia do Covid-19.
A ideia veio mesmo de uma das costureiras, como disse um dos responsáveis da iniciativa, Bruno Frazão, a O Setubalense. “Somos uma equipa das marchas e este ano estamos a preparar as mesmas. Em conversa uma das costureiras teve a ideia de fazer material necessário ao hospital”, explicou.
Depois, a cadeia de informação funcionou de forma célere e normal. Da Câmara Municipal de Setúbal à Protecção Civil até chegar ao hospital, que cedeu o tecido especial antimicrobiano a Antónia Nascimento e Cecília Candeias, para costurar, e a Carlos Nascimento, que ajuda no corte.
“Só havia um problema, que era ter o material correcto. Pedimos ao hospital, que forneceu. Já entregámos 100 botas e agora vamos começar as máscaras, só faltam alguns detalhes”, acrescentou.
Objectivos, no entanto, não há, a não ser “querer mesmo ajudar”.
“Vamos trabalhar conforme o material fornecido. Já fizemos alguns contactos a ver se conseguimos adquirir. Estamos só à espera de uma amostra para ver se coincide com o que precisamos. E enquanto o hospital der material, faremos. Temos material para 200 máscaras”, disse o responsável pela marcha do Grupo Desportivo Independente, com o qual as duas costureiras colaboram, além do Clube Recreativo Palhavã.
O Covid-19 não deixa ninguém indiferente e vão surgindo assim várias iniciativas que pretendem apetrechar e adequar os profissionais de saúde, e não só, ao actual contexto, para que todos estejam em segurança.