Coral Luísa Todi comemora aniversário e lembra necessidade de mais apoios no futuro

Coral Luísa Todi comemora aniversário e lembra necessidade de mais apoios no futuro

Coral Luísa Todi comemora aniversário e lembra necessidade de mais apoios no futuro

O Coral Luísa Todi completou os seus 61 anos de existência esta terça-feira, data que assinalou com uma sessão comemorativa realizada na sua sede. Presentes estiveram autarcas, representantes de diversas entidades locais e os seus coralistas.

“O Coral Luísa Todi, que tem elevado bem alto a bandeira de Setúbal, no país e fora dele, tem hoje uma festa de muitos anos cumpridos mas tem sobretudo aquilo que nos move: vontade de olhar para o futuro e continuar a cantar, e agora também a tocar, e a encantar”, começou por dizer Vítor Ferreira, presidente da mesa da assembleia geral do Coral Luísa Todi, que aproveitou para deixar o desafio de “no próximo aniversário serem os órgãos sociais do Coral a tocar e a cantar” e pedir aos autarcas “que olhem para o Coral com esta perspectiva de futuro”.

André Martins, presidente da Câmara Municipal de Setúbal, parabenizou o grupo “cuja existência nestas seis décadas se confunde com a cidade e que é uma homenagem permanente àquela que é uma das nossas referências artísticas, Luísa Todi, e honra esse legado lírico com que nos confrontamos diariamente nesta cidade”.

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Ao longo destes anos, por este grupo passaram, nas suas palavras, “várias e qualificadas gerações de cantores, aqui se formaram excelentes e reputados artistas e se fez uma escola artística e de cidadania que deixa permanentemente marcas na nossa cidade”.

 

Município assume “compromisso de aprofundar parcerias”

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O presidente do município setubalense recordou ainda os fundadores do grupo, Maria Adelaide Rosado Pinto e Aurélio Fernandes, garantindo que a Câmara Municipal reafirma “o nosso compromisso de continuar a aprofundar as nossas parcerias sempre em função das nossas capacidades mas também sempre com o objectivo de ajudar a construir associações mais fortes, capazes e onde seja mais feliz também viver, associações que continuem, como o Coral Luísa Todi sempre fez, a fazer de Setúbal uma cidade melhor”.

Em resposta, o presidente da direcção do Coral Luísa Todi, Luís Fernandes, afirmou que “o Coral não pode continuar a viver como tem vivido até aqui, com os apoios minguados que lhe são atribuídos. Veja-se a nossa história para perceber que precisa definitivamente de um apoio ao nível da instituição que efectivamente é”, aproveitando o momento para saudar “a capacidade do grupo resistir e continuar a fazer a sua obra”.

Nesse sentido, “estamos perfeitamente de acordo que o Coral Luísa Todi e a Câmara Municipal de Setúbal façam um percurso lado a lado, com o apoio da autarquia àquilo que o Coral merece como instituição e a disponibilidade do Coral para continuar a trabalhar com a Câmara e com as Juntas de Freguesia como sempre tem trabalhado, numa parceria efectiva, real”.

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Nestes 61 anos de fundação do Coral, “vou fazer votos muito sinceros de que as palavras ouvidas nesta sessão passem efectivamente aos actos. É impensável que continuemos a levar fora de Setúbal o prestígio do nome da cidade com os coralistas a suportar os custos e que só tenha sido possível que a Orquestra do Coral Luísa Todi se tenha apresentado com o brilho com que se apresentou em Julho no Fórum Municipal Luísa Todi porque o maestro Joaquim Silva trabalhou pro bono durante quatro meses”. São, no seu entender, “situações perfeitamente impensáveis”, sem esquecer o “que Fernando Malão tem dado ao Coral nestes anos e não tem nada a ver com o que efectivamente retribuímos”.

O maestro Fernando Malão, que se apresentou enquanto “representante do coro do ponto de vista artística”, deixou igualmente ao pedido às autarquias: “avaliem anualmente as nossas propostas, considerem as nossas propostas. As associações não são todas iguais e há associações que querem fazer mas não conseguem”.

Joel Marques, vereador do Partido Socialista da Câmara Municipal de Setúbal, também marcou presença na sessão, considerando que “os agentes culturais, como é o caso do Coral Luísa Todi, precisam de apoio, que permite que o trabalho e a cultura se vão perpetuando e que possam ser dadas oportunidades a todos aqueles que têm contribuído para que o Coral seja hoje uma instituição sólida no panorama cultural setubalense”.

 

Palestra “A(m)arte e o cuidar da voz cantada” apresenta trabalho de parceria

Na noite de terça-feira, a convidada Sónia de Jesus Lima, professora adjunta da Escola Superior de Saúde (ESS) do Instituto Politécnico de Setúbal (IPS), realizou ainda uma comunicação com o tema “A(m)arte e o cuidar da voz cantada”, que apresentou o programa “Ama’voz”. A iniciativa levou vários alunos da ESS do IPS a fazer, desde há três anos, estágios com o Coral, numa parceria definida por Luís Fernandes como “extremamente interessante”.

Nas palavras da professora, que frisou a importância de cuidar da voz e da voz cantada, a ligação entre as instituições surgiu “da necessidade de conhecimento que poderia haver de dar alguma resposta da nossa parte para com os coralistas, para com os profissionais de voz, nomeadamente que usam a voz cantada”.

A sessão, que contou ainda com a apresentação de um ensemble da recém-criada Orquestra do Coral Luísa Todi, encerrou com uma actuação do Coral Luísa Todi acompanhado por Fernando Malão ao piano.

 

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