CITRI pode receber resíduos importados de Itália para aterro em Setúbal

CITRI pode receber resíduos importados de Itália para aterro em Setúbal

CITRI pode receber resíduos importados de Itália para aterro em Setúbal

O Centro Integrado de Tratamento de Resíduos Industriais (CITRI) de Setúbal defendeu ontem que pode receber os resíduos importados de Itália, apesar das dúvidas que o resultado das análises terá suscitado no Ministério do Ambiente

“Todas as análises efectuadas, quer as da entidade externa e independente, quer as internas do CITRI, e mesmo as da Inspecção-Geral da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território (IGAMAOT), caracterizam os resíduos como não perigosos, apenas com o parâmetro Carbono Orgânico Dissolvido (COD) a demonstrar a presença de resíduos orgânicos processados”, refere o CITRI em comunicado.

“Os relatórios de caracterização dos resíduos remetidos aquando do pedido de autorização desta operação já apresentavam níveis de COD semelhantes aos destas análises, enquanto resíduos do tipo urbano, estabilizados, não fermentáveis e previamente processados em unidades de tratamento mecânico e biológico, similares às nacionais”, acrescenta o comunicado.

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De acordo com o CITRI, esta operação de importação de resíduos provenientes de Itália “foi aprovada com essa informação”, uma vez que “estes níveis do parâmetro COD são permitidos no âmbito lei, sempre que o aterro tenha condições para processar resíduos orgânicos”.

O comunicado garante ainda que o CITRI, “desde a sua concepção, foi projectado e construído com as mesmas características técnicas que os restantes aterros que recebem resíduos orgânicos e urbanos”.

De acordo com o CITRI, o aterro de resíduos não perigosos de Setúbal “possui drenagem de biogás em todas as células e uma unidade de valorização de biogás, com produção de energia eléctrica ligada à rede”, pelo que, “nos termos da licença e das suas características técnicas, o CITRI pode receber resíduos biodegradáveis e resíduos de origem orgânica”.

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Depois das dúvidas levantadas pelo IGAMAOT sobre “eventuais irregularidades” no resultado das análises efectuadas a pedido das autoridades portuguesas, a Câmara de Setúbal veio defender a devolução dos resíduos importados de Itália, no caso de terem elementos não admissíveis no aterro da Mitrena, uma possibilidade que é agora negada pelo comunicado do CITRI, que diz estar em condições de receber aquele tipo de resíduos.

No início de Novembro, o CITRI anunciou que os resíduos importados de Itália ficariam de “quarentena” até serem conhecidos os resultados de análises a amostras do lixo.

A empresa já recebeu de um operador italiano 2.700 toneladas de um total de 20 mil toneladas de resíduos, inicialmente classificados como sendo de “baixo risco e sem perigosidade (equivalentes ao lixo produzido nas habitações)”, com destino ao aterro da zona industrial da Mitrena, em Setúbal, mas que só poderão ser depositados depois de esclarecidas as dúvidas suscitadas pelo Ministério do Ambiente.

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