O ciclo “Música e Ciência” decorre em várias instituições do ensino superior no país e também no Instituto Politécnico de Setúbal. Para ouvir uma suite em sete andamentos e ficar a saber porque os planetas tanto nos inspiram
A chegada do Homem à Lua, no ano em que se celebra meio século do voo espacial Apollo 11, dá motivo a um concerto e conferência no Instituto Politécnico de Setúbal (IPS), na próxima segunda-feira. Neste ciclo “Música e Ciência” participam o físico Carlos Fiolhais e o ensemble Percussões da Metropolitana.
Com entrada livre, este ciclo decorre pelas 15h00 no Auditório Nobre do IPS (edifício ESCE/ESS), e ao mesmo tempo está a percorrer várias instituições de ensino superior do país, numa organização do Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (MCTES), em parceria com a Orquestra Metropolitana de Lisboa (AMEC – Metropolitana).
Sob direção musical de Marco Fernandes, as Percussões da Metropolitana apresentam no IPS a mais célebre composição do inglês Gustav Holst (1874-1934), a suite em sete andamentos que se dedica a cada um dos planetas do sistema solar conhecidos à época, além da Terra, e que, por isso, recebe o nome de “Os Planetas”. A transcrição para orquestra de percussão é de Scott Weatherson.
Antes, o professor universitário e ensaísta Carlos Fiolhais fará uma introdução à obra, que teve a sua primeira execução pública há precisamente um século e que terá ido buscar inspiração, não à astronomia, como seria de prever, mas à astrologia. O conferencista explicará também por que razão “Os Planetas” continuam a inspirar criadores até aos dias de hoje, do universo do rock até à banda sonora do filme de culto “Star Wars”.