Partido reage às acusações relativas à delegação de competências em Dores Meira e acusa socialistas de procurarem ganhos políticos à porta fechada
A Concelhia de Setúbal do Chega contesta as acusações feitas pelo Partido Socialista relativamente à atuação do partido na primeira reunião do executivo municipal, durante a votação da proposta de delegação de competências na presidente da Câmara Municipal, Maria das Dores Meira. No entender do partido de André Ventura, os socialistas, através do vereador Fernando José, insinuaram que o Chega teria concedido uma “liberdade de governação” sem fiscalização, sugerindo que o partido renunciaria ao “escrutínio democrático” que lhe compete.
Numa comunicação enviada à redação d’O SETUBALENSE, o partido considera que estas alegações são “absolutamente falsas” e denunciam uma “profunda desonestidade política”. A concelhia afirma que, enquanto o PS atacava publicamente o Chega, mantinha negociações à porta fechada com a presidente da Câmara para garantir “um conjunto alargado de contrapartidas políticas e cargos estratégicos” para os seus vereadores.
O partido faz menção à manchete do jornal O SETUBALENSE de 17 de novembro, que revelava que Fernando José procurava a presidência dos Serviços Municipalizados de Setúbal e pelouros para os vereadores socialistas.
No entender do Chega, enquanto o PS reclamava para si uma partilha de poder “alheia ao interesse público”, o partido manteve a posição com responsabilidade institucional, assegurando o funcionamento da autarquia sadina e protegendo os interesses dos setubalenses. “O CHEGA não participa em trocas de favores nem aceita transformar a governação municipal num exercício de negociatas partidárias”, afirma a concelhia em comunicado.
O partido garante ainda que continuará a exercer uma “oposição séria, responsável e firme”, fiscalizando com “rigor e transparência”, e utilizando todos os instrumentos legais de “escrutínio de forma pública e clara perante a população”. A concelhia enaltece ainda o “trabalho exemplar” dos vereadores António Cachaço e Edgar Jesus, destacando a “independência, rigor e defesa intransigente” dos cidadãos.
Segundo o CHEGA, a indignação do PS reflete o “desconforto de quem viu frustrada a ambição de transformar a Câmara Municipal numa estrutura de repartição partidária de cargos e pelouros”, prática que , no entender do partido, teria servido exclusivamente o partido rosa e não a população. “O sistema a que se habituaram nos últimos 50 anos acabou”, sublinha o comunicado.
A concelhia reafirma ainda o compromisso de defender Setúbal, garantir “escrutínio rigoroso” e impedir que “interesses instalados” condicionem o desenvolvimento do concelho. O CHEGA promete continuar a trabalhar pelos setubalenses e azeitonenses com “transparência, determinação e foco no interesse público, doa a quem doer”.