Falta de motoristas e viaturas continua a ser problema. Na área 4 foi onde se assistiu ao maior crescimento de procura
A Carris Metropolitana admite que os problemas vividos no arranque da área 4, nomeadamente a falta de motoristas e viaturas, não estão totalmente resolvidos, estando em causa a falta de motoristas e viaturas. Ainda assim, a área 4, que compreende os municípios de Setúbal, Alcochete, Moita, Montijo e Palmela, foi onde se assistiu ao maior crescimento de procura.
Rui Lopo, um dos administradores da Transportes Metropolitanos de Lisboa (TML), explica que a problemática inicial da empresa mantém-se até aos dias de hoje. “Não podemos dizer que os problemas estão completamente resolvidos. A falta de mão-de-obra em transportes rodoviários é por toda a Europa e Estados Unidos, não é só nosso. Mas lembro que a TML não contrata motoristas, são os operadores. No entanto, até ao dia de hoje não temos problemas de mão-de-obra e viaturas”, disse.
Em termos de crescimento, a área 4 foi a que assistiu a um maior crescimento de procura, já que, de acordo com Rui Lopo, “tinha muito pouca oferta”.
Empresa lança app que dá informações em tempo real
A Carris Metropolitana lança esta quinta-feira uma aplicação que irá dar informações aos passageiros, em tempo real, sobre horários e lotação dos autocarros da empresa, que prevê chegar a mais de 165 milhões de passageiros transportados este ano.
A apresentação da ‘App’ Carris Metropolitana aos jornalistas decorreu com os responsáveis pela aplicação e com os administradores da TML, Faustino Gomes e Rui Lopo.
A aplicação vai permitir que se veja, em tempo real, se um autocarro da Carris Metropolitana “está atrasado e qual a lotação”, colocando “mais pressão aos operadores para cumprir horários”.
A aplicação vai permitir ainda uma pesquisa por paragem e por linha (nº de autocarro), podendo ser colocados alertas e avisos personalizados.
Já Faustino Gomes, também administrador, adiantou que o objectivo é agregar todos os operadores [comboio, barcos] na aplicação, o que poderá acontecer “dentro de dois/três anos”, tendo em conta que há um grupo de trabalho e já houve uma candidatura conjunta a um projeto.
Quanto aos horários em papel e nas paragens, ambos os responsáveis reconheceram a complexidade de algo “aparentemente tão simples”, mas que depende de muitos fatores, além de que podem mudar de semestre em semestre consoante os horários escolares, que “ainda não se sabem”. Com LUSA