26 Junho 2024, Quarta-feira

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Carris com operação mais estável em Setúbal, mas ainda com muitas queixas dos utentes

Carris com operação mais estável em Setúbal, mas ainda com muitas queixas dos utentes

Carris com operação mais estável em Setúbal, mas ainda com muitas queixas dos utentes

Números revelam que quantidade de utilizadores aumentou. População fala em incumprimento de horários e de menos transportes

Após dois anos ao serviço dos setubalenses, os dados da Carris Metropolitana mostram um balanço positivo, mas neste período os utentes queixam-se de incumprimento de horários, percursos longos, diminuição de autocarros à noite e falta de conexão entre os horários do autocarro e comboio.

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A Alsa Todi, operadora dos transportes da Carris Metropolitana no concelho de Setúbal, refere que não recebeu queixas sobre estes problemas, enquanto a Câmara Municipal de Setúbal explica que existem “questões a serem melhoradas”.

A Alsa Todi, em declarações a O SETUBALENSE, explica que não tem recebido reclamações por parte dos utentes relativamente aos horários, sendo que “são respeitados e sempre cumprindo as normas de segurança das regras rodoviárias”. A Alsa Todi, operadora na área 4, que engloba os concelhos de Alcochete, Moita, Montijo, Palmela, Setúbal e parte do Barreiro, diz ter sido pioneira na contratação e integração “com sucesso” de motoristas de Cabo Verde, provocada pela “falta de mão de obra em Portugal”, para responder a este desafio. Os dados revelam que em Abril deste ano, comparando ao período homólogo do ano passado, houve um aumento de 520 mil utentes a utilizar o serviço, acabando por se tornar num balanço positivo para a transportadora.

Mesmo com estes números, os problemas parecem não acabar para os utentes, que descrevem o percurso como “longo”. Com “mais paragens que antigamente”, os utentes queixam-se da demora excessiva em chegar ao seu destino. Nuelma Valente expõe o problema a O SETUBALENSE, afirmando que demora cerca de 45 minutos do Bairro Padre Nabeto até Setúbal. A utente explica ainda que foi a partir de Abril que houve uma alteração no seu trajecto habi tual, e que agora existem paragens no Auchan, no Bairro São Gabriel e no Bairro Camolas. Descrevendo como “uma volta desnecessária”, Nuelma sublinha que já existem autocarros que cobrem estes locais.

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Além das críticas ao trajecto longo, outra das questões levantadas pelos utentes é a falta de transporte à noite. José Vareta, utente que se desloca para Lisboa, afirma que com a diminuição de horários de madrugada tem de recorrer a transportes alternativos, algo que considera “um transtorno”. Apesar da existência destas alternativas, como é o caso do comboio, utentes como Adílson Muanza queixam-se da “falta de conexão entre os horários do comboio e dos autocarros”, incompatibilidade esta que já resultou em esperas de uma hora pelo próximo transporte, refere o utente.

Madalena Silva, utilizadora da Carris Metropolitana, explica que alguns autocarros “não correspondem ao horário que está na plataforma” e que por vezes “estão muito adiantados”.

Ainda há quem fale em “autocarros desaparecidos”, como Diogo Oliveira caracteriza o serviço. “Nem contente, nem descontente”, Diogo considera que, com a vinda da Carris, os transportes melhoraram, mas ainda existe a questão dos atrasos para ser resolvida.

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Já a Câmara Municipal de Setúbal realça que nestes dois anos a transportadora teve um balanço positivo na cidade, com a autarquia sadina a reconhecer que existem “questões a serem melhoradas”, considerando que a operação está mais estável actualmente do que no início. Em declarações a O SETUBALENSE, Rita Carvalho, vereadora da Câmara Municipal de Setúbal com o pelouro

da Mobilidade, frisa que, dentro de uma “ordem aceitável das dificuldades”, existe diariamente uma revisão e acompanhamento de inconveniências que surgem à operadora.

Pagamento Utentes podem adquirir bilhete com MB Way

Desde dia 12 de Junho, quem utilizar os serviços da Carris pode aceder ao serviço de MB WAY para “adquirir e validar a tarifa a bordo”, dispensando de pagamento em numerário.

Para utilizar este serviço, os utentes apenas precisam de apresentar um código QR nos validadores dos autocarros, tornando assim o processo completamente digital. Esta “solução inovadora” pretende promover uma “melhor mobilidade, mais prática e sustentável na cidade”, sublinha Pedro de Brito Bogas, presidente do Conselho de Administração da Carris.

Em nota de Imprensa, é explicado que este método de pagamento só é possível através da parceria com a SIBS, empresa responsável pela gestão das Redes Multibanco. Madalena Cascais Tomé, directora-executiva do grupo SIBS, reconhece que a introdução desta inovação nos autocarros será uma forma de “modernização da mobilidade urbana”, proporcionando “uma forma rápida e conveniente de pagar viagens”. A administradora aponta ainda que a missão da empresa é “trabalhar todos os dias para desenvolver soluções que contribuam para a conveniência e para a mobilidade dos portugueses”.

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