Artigos de Leonor Costa Parreira e Rita Marinheiro publicados em 2019 premiados pelo Gabinete de Investigação e Desenvolvimento
As cardiologistas Leonor Costa Parreira e Rita Marinheiro foram na passada sexta-feira distinguidas na IV edição do Prémio GID, promovido pelo Gabinete de Investigação e Desenvolvimento (GID) do Centro Hospitalar de Setúbal (CHS), por artigos publicados em 2019.
Leonor Costa Parreira arrecadou o primeiro prémio, pelo artigo “Excessive Atrial Ectopic Activity Worsens Prognosis and Predicts the Type of Major Adverse Cardiac Events in Patients With Frequent Premature Ventricular Contractions”, que aborda um trabalho de investigação “em doentes com extrassístoles ventriculares”, explicou a médica na cerimónia, que decorreu na Casa da Baía.
Para a cardiologista setubalense, esta distinção deixou-a “muito feliz e orgulhosa”. “Não há muitos hospitais no País que se possam gabar de ter uma direcção e um GID que promova a investigação. O CHS está de parabéns”, acrescentou.
Já o segundo e terceiro prémios foram atribuídos à médica do serviço de Cardiologia Rita Marinheiro, pelos artigos “Slow pathway region as the exit site of parahisian premature ventricular contrations: Why choose safety over earliest activation” e “Ventricular Arrhythmias in Patients with Obstructive Sleep Apnea”, respectivamente.
O primeiro trabalho retrata “a apneia do sono e arritmias ventriculares”. “Resume uma auscultação de mercado, para ver se havia muita coisa publicada neste campo”, explicou Leonor Costa Parreira, em representação de Rita Marinheiro. O seu segundo artigo vencedor “tem a ver com a monitorização de arritmias”.
A cerimónia de entrega dos prémios GID, que este ano contou com a submissão de doze candidaturas, contou com a presença de Maria das Dores Meira, presidente da Câmara Municipal de Setúbal, que enalteceu o trabalho desenvolvido pelo gabinete.
“A atribuição destes prémios demonstra que estamos bem à frente em matéria de investigação. Temos aqui gente muito qualificada, em que continua a ser muito importante investir”, referiu a autarca.
Em seguida, afirmou ser “fundamental existirem na cidade todas as condições para se prestar melhores cuidados de saúde”, sublinhando que, para tal acontecer, “é imprescindível que a obra de ampliação do Hospital de São Bernardo avance”.
“Todos sabemos que já foi desbloqueada uma verba inicial dos mais de 17 milhões de euros necessários. Agora é fundamental que não se abrande na pressão”, frisou.
Por último, garantiu que o CHS pode contar com a autarquia “para alertar para a necessidade de criar condições, para que o hospital seja dotado de indispensáveis meios para renovar e ampliar o seu quadro clínico, de forma a manter valências e a prestar cada vez mais e melhores serviços”.
“Contem também connosco para continuar a insistir na valorização das carreiras dos profissionais de saúde e dos salários e na dignificação dos médicos, enfermeiros e restante pessoal”, concluiu.
Já Nuno Fachada, director clínico, disse considerar “louvável a resiliência que o GID tem tido”. “No último ano, em relação à covid-19, não baixou os braços e manteve a sua actividade”, referiu.
Sobre as obras de ampliação, assegurou esperar “que realmente agora tenham continuidade”, mas que é um “processo que não termina mal comecem”.
“O Hospital de São Bernardo está a rebentar pelas costuras. Esta ampliação vai permitir parte da solução, condições de assistência diferentes e uma atractividade diferente para os profissionais dos serviços de urgência”, esclareceu.
Houve ainda tempo para homenagear Filipe Inácio, o primeiro coordenador do GID, criado em 2015.