Cerimónia de aniversário marcada por elogios ao papel cultural da associação e à formação de jovens músicos no concelho
A Sociedade Musical Capricho Setubalense assinalou este sábado o 158.º aniversário, numa celebração marcada pelo reconhecimento do papel histórico da coletividade na formação cultural e na promoção da música em Setúbal.
Durante a sessão solene, a chefe da Divisão de Cultura e Património da Câmara Municipal, Mónica Duarte, destacou que a Capricho Setubalense tem sido, ao longo de mais de século e meio, um pilar “fundamental na formação artística, na dinamização cultural e na promoção do associativismo” em Setúbal.
Sublinhou que estas estruturas desempenharam, durante décadas, funções essenciais na vida da comunidade. “Por uma lado era onde as pessoas se reuniam, por outro porque era onde tinham acesso à cultura”.
Recordou ainda a ligação estreita entre a autarquia e a instituição, nomeadamente através de projetos musicais como o Círculo de Jazz e o Festival de Bandas Filarmónicas, bem como da cooperação na área do ensino articulado, com ligação ao equipamento municipal Casa da Cultura.
O presidente da direção desta sociedade musical, Sérgio Gabriel, realçou que a coletividade vive “unida pela música” e que as escolas da Capricho Setubalense contam atualmente com mais de duas centenas de alunos. Apesar de a instituição ter atingido o limite da sua capacidade física, garantiu que o objetivo continua a ser manter um ensino exigente e de qualidade.
Sérgio Gabriel destacou ainda que o aniversário da coletividade é pretexto para “celebrar a música”, com a comemoração dos 158 anos da banda de música da Capricho Setubalense. “A banda é a peça central desta coletividade, agora dirigida pelo novo maestro Mário Carolino”.
Quanto a Amílcar Caetano, o presidente da assembleia-geral da instituição, destacou a “alma, história e futuro” da coletividade, que “acompanhou diferentes realidades e públicos em constantes transformações”.
O dirigente realçou ainda que esta sociedade musical, apesar de dos 158 anos que atravessaram várias gerações, mantém um “fulgor dinâmico”, sem nunca esquecer a sua matriz. “É uma sociedade musical que forma jovens e serve a comunidade através da banda e da escola de música”.
O programa de aniversário deste dia foi ainda preenchido com a inauguração da exposição “Filarmónicas de Setúbal, perspetiva histórica”, a qual está patente na sede da coletividade fundada em 1867, e com um concerto pela Banda de Música da Sociedade Musical Capricho Setubalense, explica a autarquia sadina em nota de Imprensa.