Câmara de Setúbal emite despacho que anula contrato de exploração do Ecoparque do Outão

Câmara de Setúbal emite despacho que anula contrato de exploração do Ecoparque do Outão

Câmara de Setúbal emite despacho que anula contrato de exploração do Ecoparque do Outão

Situação foi levada à sessão de assembleia municipal de 28 de Março. Eleitos desconheciam o contrato em questão

A Câmara Municipal de Setúbal emitiu uma declaração de nulidade do contrato de comodato do Parque de Campismo do Outão, um assunto que foi trazido para cima da mesa durante a última sessão da Assembleia Municipal de Setúbal.

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Nesta sessão um munícipe fez saber que assinou um contrato relacionado com o Ecoparque com o anterior executivo, liderado pela antiga presidente Maria das Dores Meira. Os eleitos de vários partidos, nomeadamente PS, BE, PSD, IL e Chega, questionaram o presidente da autarquia sobre a razão de os membros daquela assembleia não terem conhecimento sobre esse mesmo contrato.

Sobre esta questão, o presidente da assembleia municipal, Manuel Pisco, explicou que este era um assunto também desconhecido pela actual gestão CDU. “Esta questão colocada é uma surpresa completa, está-se a procurar esclarecer um procedimento, coisa diversa é um compromisso prévio que é agora suscitado e que era desconhecido dos órgãos municipais”.

Assim, a câmara municipal decidiu avançar com um despacho de anulação do contrato em questão. “Perante o exposto, conclui-se que para a cessão dos terrenos do parque de campismo do Outão, não foi adoptado o procedimento do acto administrativo consequentemente do próprio contrato, uma vez que este tem uma inaptidão intrínseca para a produção dos efeitos jurídicos que devia produzir. A invalidade, no caso em apreço é fruto de ilegalidades formal e material isto é, o acto administrativo foi praticado com preterição de formalidades essenciais (anteriores e relativas à prática do acto, bem como com carência de forma legam, em sentido estrito). Assim como existe uma discrepância entre o conteúdo ou o objectivo do acto e as normas jurídicas que lhe são aplicáveis”, lê-se no despacho.

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O documento explica que o contrato foi celebrado pela ex-presidente à data de 17 de Agosto de 2021, onde se constata que não constam as exigências pedidas pela Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra (APSS), que explora o Ecoparque do Outão e que, a 6 de Janeiro de 2020, concedeu à câmara municipal a gestão e exploração por um período de 20 anos. “Do contrato não constam as cláusulas que constituem o protocolo celebrado com a APSS, conforme é exigido pelo próprio, apenas sendo feita referência à existência de uma concessão, na cláusula 1.ª, afirmando que o segundo outorgante declara conhecê-la, sem reservas”.

Na despacho lê-se ainda que o que ficou acordado com a APSS que o município tinha a possibilidade de “subceder” a exploração do espaço a terceiros. “Neste caso, são extensíveis a terceiros ‘subcessionários’ todas as obrigações previstas no protocolo, fi cando o município expressamente obrigado a fazê-las constar no documento de ‘subcedência’, bem como, a comunicá-lo previamente à APSS, para efeitos de aprovação, no caso de ‘subcedência’ total”.

A 28 de Março, data da última sessão da assembleia municipal, os deputados municipais pediram esclarecimentos a André Martins. Durante a intervenção o munícipe em causa afirmou que, se a autarquia não cumprisse com os termos que foram previamente acordados, iria dar entrada a uma providência cautelar.

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