“Carreiras que não eram feitas e começaram a ser realizadas” e “reforço de carreiras em horários que estavam suprimidos” com reforço de “20 motoristas”
O serviço de transporte rodoviário de passageiros nos concelhos de Alcochete, Moita, Montijo, Palmela e Setúbal foi na passada segunda-feira reforçado com “mais 20 motoristas”, mas considera a Câmara Municipal sadina que “as ligeiras melhorias são insuficientes”.
“A avaliação que fazemos desde segunda-feira é que há ligeiras melhorias, mas ainda estão longe daquilo que é o cumprimento do contrato na sua totalidade, que é o cumprimento de todos os serviços e horários na dimensão do que foi o compromisso da Alsa Todi no concurso internacional”, explicou Rita Carvalho, vereadora da Mobilidade, a O SETUBALENSE.
De acordo com a autarca, “o cumprimento do contrato na sua tolidade, que é aquilo que é a exigência que [a Câmara Municipal] faz”, diz respeito “às novas carreiras, ao cumprimento de horários e à não existência de supressão de serviço”.
Contudo, as “ligeiras melhorias”, sentidas nomeadamente em “carreiras que não eram feitas e que começaram a ser realizadas” na segunda-feira e através do “reforço de carreiras em horários que estavam suprimidos”, são ainda “insuficientes”.
“Segundo informação da empresa Alsa Todi, a partir de segunda-feira seriam integrados na operação mais 35 motoristas. Da informação que temos, só foram integrados 20 [motoristas] e os restantes continuam em formação. Em resultado da integração desses 20 motoristas e que haverá esta melhoria pontual do serviço”, explica Rita Carvalho.
Parte dos 35 novos motoristas serão brasileiros e outros integraram o serviço através de protocolos com outras empresas de transporte. Além disso, a Alsa Todi já havia anunciado a contratação de 61 profissionais, provenientes de Cabo Verde devido à alegada falta de mão-de-obra em Portugal.
As reuniões com a operadora, garante a vereadora com o pelouro da Mobilidade, “são permanentes e constantes”. “São praticamente diárias. Temos vindo a acompanhar esta situação, que nos preocupa. Queremos, a curto prazo, um serviço de qualidade, que garanta tudo o que foi o comprometido pela empresa quando concorreu a esta concurso”.
A concluir, garantiu que a autarquia sadina mantém “essa convicção e não desistirá de insistir no cumprimento deste serviço”. A O SETUBALENSE, a Alsa Todi adiantou ontem estar “a trabalhar conforme o que foi combinado com o presidente [da autarquia em reunião realizada na sexta-feira]”, acrescentando que “depois de as coisas estarem transmitidas à Câmara, transmitirá ao público”. “Não queremos ultrapassar a Câmara”.
No passado sábado, cerca de três centenas de pessoas participaram na manifestação organizada pela Câmara de Setúbal, em conjunto com as cinco juntas de freguesia do concelho, contra o mau serviço prestado pela Alsa Todi desde 1 de Junho, dia em que iniciou a operação no lote 4.
*Com Lusa