Bombeiros Sapadores de Setúbal fazem greve mas garantem que socorro não será afectado

Bombeiros Sapadores de Setúbal fazem greve mas garantem que socorro não será afectado

Bombeiros Sapadores de Setúbal fazem greve mas garantem que socorro não será afectado

Paralisação de 30 dias serve para exigir o afastamento do comandante e o cumprimento do efectivo mínimo

 

O Sindicato Nacional dos Bombeiros Sapadores (SNBS) convocou uma greve de 30 dias nos Bombeiros Sapadores de Setúbal para exigir o afastamento do comandante e o cumprimento do efectivo mínimo, mas garante que o socorro não será afectado.

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“Os bombeiros sapadores não são pessoas irresponsáveis. O socorro está garantido. A greve abrange apenas serviços que não são considerados como socorro, como formaturas, formação, prevenções, representações, coisas que não têm a ver com o socorro às pessoas”, disse à agência lusa Ricardo Cunha, do SNBS.

Assegurando que o socorro até “vai estar mais acautelado do que normalmente”, porque irá ficar garantido que “pelo menos os efectivos que os turnos têm disponíveis estejam lá”, o sindicalista disse que estarão presentes “mais do que os 13/14 bombeiros que costumam lá estar habitualmente”.

Ainda segundo Ricardo Cunha, entre outras reivindicações, os Bombeiros Sapadores de Setúbal exigem o afastamento do comandante da corporação, que acusam de levantar “processos disciplinares sem sentido, muitos dos quais acabam arquivados, mas que causam desgaste e transtorno psicológico aos visados”.

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“Exigimos também que se comece a cumprir com os direitos laborais, que estão previstos na lei e na Constituição, e exigimos que se cumpram os efectivos mínimos que estão estipulados em regulamento interno”, disse.

De acordo com o sindicalista, “o regulamento interno dos Bombeiros Sapadores de Setúbal estipula um efectivo diário de 27 elementos, mas o comandante costuma ter apenas 13 ou 14, quando havia capacidade para ter pelo menos 20 elementos”.

“A cidade de Setúbal que tem auto-estradas, o espaço urbano, a zona industrial da Mitrena, o Parque Natural da Arrábida e por aí fora, depende de 13 bombeiros para o socorro a qualquer acidente, o que não pode ser”, acrescentou Ricardo Cunha, considerando que se trata de um efectivo diário insuficiente para a capital do distrito.

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Ricardo Cunha garantiu ainda que os bombeiros sapadores têm feito tudo o que era possível para dialogar com o presidente da Câmara de Setúbal, André Martins (CDU), que é o responsável máximo pela corporação, mas sem êxito.

“Lamentamos que o presidente da Câmara de Setúbal tenha sempre recusado falar com o sindicato. Ele diz que não fala com sindicatos, mas é certo que o senhor presidente da Câmara de Setúbal reuniu com outros sindicatos, que nem sequer representam funcionários da autarquia”, disse Ricardo Cunha, assegurando que a greve será levantada de imediato, se houver disponibilidade para o diálogo por parte do presidente da autarquia.

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