Deputado do PSD afirma que caso da recepção de refugiados ucranianos na Câmara de Setúbal por alegados defensores do regime russo “esmoreceu por completo”
Nuno Carvalho, deputado municipal eleito do Partido Social Democrata (PSD) e presidente da Comissão Eventual de Fiscalização da Conduta da Câmara de Setúbal e dos Serviços Municipais no Acolhimento de Refugiados Ucranianos, afirmou, em declarações ao Expresso, que o caso polémico da recepção de refugiados ucranianos na Câmara de Setúbal por alegados russos pró-Kremlin “esmoreceu por completo” e que a referida comissão “não deu em nada”.
Em comunicado, o Bloco de Esquerda (BE) do concelho de Setúbal respondeu às declarações do deputado, feitas no dia 5 de Agosto, assumindo-as como “preocupantes” e considerando “uma total desresponsabilização da sua inércia, incapacidade de trabalho e de total desrespeito pelos que fazem parte desta comissão”.
Em nota de imprensa, o BE sublinhou que “o presidente não pode falar em nome da comissão quando, desde 6 de junho, data da primeira e única reunião da comissão se candidatou ao lugar de presidente da mesma, que contou com o apoio da CDU e Chega para a sua eleição, não foi capaz de produzir qualquer trabalho para os necessários contatos com as entidades aprovadas em sede de comissão para audição, demonstrando uma total inércia e incapacidade de estar à altura para o lugar a que se propôs”.
Para o partido, é claro que “os problemas e questões que se levantaram sobre esta matéria se mantêm e que é necessário esclarecer e apurar eventuais responsáveis por eventuais erros cometidos” e acrescenta no comunicado que “a Assembleia Municipal e os seus membros, têm o dever cívico e político de responder perante os que neles votaram, demonstrando também respeito pelas decisões votadas.”
Assim, o Bloco de Esquerda sublinhou “não querer compactuar com esta atitude de desresponsabilização política de quem quis assumir protagonismo apenas com intuitos políticos e que na prática nada fez até ao presente para o apuramento e clarificação deste caso que envolveu a autarquia de Setúbal”.
