Bataria do Outão vai ser hotel ou pousada com concessão a 50 anos e renda anual de 130 mil euros

Bataria do Outão vai ser hotel ou pousada com concessão a 50 anos e renda anual de 130 mil euros

Bataria do Outão vai ser hotel ou pousada com concessão a 50 anos e renda anual de 130 mil euros

Secretária de Estado do Turismo diz que responsáveis estão “cheios de expectativas de poder encontrar um fiel depositário deste legado imenso”

 

Cumprida a função de “infra-estrutura de defesa costeira da região de Lisboa”, e depois de 24 anos ao “abandono”, a 7.ª Bataria do Outão está ‘pronta’ para renascer como hotel ou pousada.

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Por um período de 50 anos e mediante o pagamento de uma renda anual de cerca de 130 mil euros, foi ontem lançado o concurso para a concessão da construção militar.

Na cerimónia, realizada em plena 7.ª Bataria da Costa do Outão, Rita Marques, secretária de Estado do Turismo, Comércio e Serviços, garantiu que os responsáveis do sector estão “cheios de expectativas de poder encontrar um fiel depositário deste legado imenso que foi deixado já há 24 anos, provavelmente há tempo demais”.

Com o património a ser reconvertido, requalificado e aberto à comunidade, a governante frisou igualmente que vão ser criados “postos de trabalho, riqueza e também motivos de orgulho” a quem pela 7.ª Bataria do Outão passou entre 1954 e 1998, anos em que funcionou como o sétimo reduto de defesa da costa marítima portuguesa, dando protecção à foz do Rio Sado.

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“O imóvel constitui um verdadeiro espólio da história militar, que deve ser preservado e valorizado. A localização privilegiada, com fantásticas vistas para o Estuário do Sado, a Península de Tróia e a Serra da Arrábida, constitui uma mais-valia para o desenvolvimento de um projecto turístico”, frisou.

Sendo o concurso lançado no âmbito do Revive, com os potenciais investidores a terem um prazo de 120 dias para apresentar propostas, Rita Marques fez igualmente questão de explicar que o programa permite confiar “na regeneração do património que está devoluto, que não tem qualquer utilização há demasiados anos”.

“O sector do Turismo tem a responsabilidade de regenerar os territórios, criando projectos-âncora que podem ser novos atractores de fluxos turísticos e motivos de orgulho para as comunidades”, sublinhou a governante, para em seguida revelar que “o turismo militar é um dos muitos exemplos da diversidade que têm os activos do Revive”.

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A O SETUBALENSE, a governante afirmou ter “demorado mais de dois anos para ser feito o levantamento do equipamento e a regularização cadastral”.

Já o presidente da Câmara Municipal de Setúbal, André Martins, disse tratar-se de um primeiro passo para a resolução de um problema para o qual a autarquia alertava há vários anos. “Manifestamos a nossa satisfação pelo que significa este ato que agora celebramos, pois poderá marcar o fim do período de 24 anos em que estas instalações se degradaram gravemente. Um estado de abandono e degradação que se estende a todo o imóvel e para o qual, na Câmara Municipal de Setúbal, temos alertado as autoridades competentes com muita insistência nos últimos anos”, afirmou.

Além disso, considera o edil que a concessão vem igualmente fazer jus a “um dos mais privilegiados postos de observação” da cidade. “Há cerca de 24 anos que foi abandonado e era necessário haver uma iniciativa no sentido de que este património fosse recuperado.

Além de Setúbal, é um património nacional e até europeu, porque esta bataria foi construída na sequência da II Guerra Mundial para fazer o controlo dos navios que pudessem chegar à costa”, relembrou.

A 7.ª Bataria do Outão, que com o Forte Velho do Outão tem uma área bruta de construção de 6 909 metros quadrados, é o 28.º imóvel colocado a concurso no âmbito do programa Revive.

Unidade hoteleira terá capacidade para 35 quatros

Caso venha a ser instalada uma unidade hoteleira na 7.ª Bataria do Outão, a infra-estrutura terá capacidade para 35 quartos, explica o Turismo de Portugal na página on-line do programa destinado à reabilitação de imóveis públicos sem utilização, em regime de concessão a privados com fins de utilização turística.

Também na cerimónia esteve Teresa Monteiro, vice-presidente do Turismo de Portugal, tendo recordado que o Revive surgiu depois de o Estado perceber que existia um conjunto de imóveis, sua propriedade ou de outras entidades públicas, que estavam desocupados, sem utilização há muitos anos e degradados.

“E são todos eles património que está classificado, que tem uma importância histórica, cultural, arquitectónica relevante para o País e também no meio em que estão inseridos”, salientou.

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