Autárquicas: PCP critica “projectos que se intitulam de esquerda” mas que se assemelham à direita

Autárquicas: PCP critica “projectos que se intitulam de esquerda” mas que se assemelham à direita

Autárquicas: PCP critica “projectos que se intitulam de esquerda” mas que se assemelham à direita

Comunistas tiveram ontem uma reunião com o PEV sendo que os dois partidos estão a trabalhar nesse sentido e já apresentaram um primeiro conjunto de candidatos

O secretário-geral do PCP criticou esta segunda-feira projectos autárquicos “que se intitulam de esquerda” mas que se assemelham à direita, acusando o PS de ter viabilizado o orçamento do PSD em Lisboa e ter chumbado o da CDU em Setúbal.

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Em declarações aos jornalistas na sede nacional do PCP, em Lisboa, após um encontro com o Partido Ecologista “Os Verdes” (PEV), Paulo Raimundo foi questionado se a CDU não está preocupada com a eventual perda de câmaras nas próximas autárquicas e se não acha que a esquerda unida teria mais possibilidades.

“Nós estamos muito à vontade nesse desafio porque, se há projecto que assenta naquilo que são as questões das populações, nos seus problemas e resolução, é o projecto da CDU”, respondeu o secretário-geral do PCP, que pediu que se faça uma comparação entre esse projecto e “o projecto autárquico de outros”.

“Alguns deles que se intitulam de esquerda mas depois, na prática, no dia-a-dia, a sua gestão autárquica diferencia-se muito pouco da gestão autárquica de outro partido de direita”, acusou, criticando em particular a postura do PS.

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“Nós não podemos fazer discursos e proclamações de esquerda e depois termos situações onde, por exemplo, o PS, há pouco mais de um mês, aprovou o orçamento da Câmara PSD/CDS aqui em Lisboa e, esse mesmo PS, a 50 quilómetros de distância, em Setúbal, votou contra o orçamento da CDU”, criticou.

O secretário-geral do PCP afirmou que a experiência da CDU, “ao longo destes anos todos, mostra que há uma diferença muito grande entre proclamações, retórica e prática”.

“Nós somos mais pela prática”, frisou, salientando que a coligação integrada pelo PCP e o PEV está “muito à vontade” para que se avalie o seu desempenho autárquico em termos de política da habitação, dos transportes, do ambiente ou de ligação aos trabalhadores.

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Questionado se, nesta reunião, o PCP e o PEV tiveram a oportunidade de acordar nomes de candidatos às autárquicas, Raimundo respondeu que os dois partidos estão a trabalhar nesse sentido e já apresentaram inclusive um primeiro conjunto de candidatos.

“Nós estamos a falar de um quadro em que são necessários 40 mil candidatos para disputar as eleições em 308 municípios. É o que queremos fazer: é muita gente e nós estamos empenhados em alargar e falar com mais gente”, referiu.

O secretário-geral do PCP referiu que, na reunião com o PEV, os dois partidos tiveram oportunidade de “tratar das grandes batalhas do ponto de vista social e político” que irão travar nos próximos tempos e manifestaram “concordância nos aspectos fundamentais” da análise que fazem do país.

“Foi um encontro positivo de relançamento destes contactos institucionais que temos, procurar identificar os elementos fundamentais que nos unem – e que são muitos -, mas também reafirmar este projecto único que é a CDU desde logo no plano autárquico”, referiu.

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