O objectivo do executivo municipal é reforçar a relação da cidade com as zonas histórica e incentivar a reabilitação
A Câmara de Setúbal pretende avançar com a alteração da Área de Reabilitação Urbana (ARU) da cidade, num modelo que vai reabilitar e readaptar a praça de touros, passando esta a ser um “equipamento municipal, dedicado essencialmente à realização de eventos, numa perspectiva de multiusos”. Ou seja, a ‘nova’ Carlos Relvas vai ficar “mais afastada de ter utilização exclusiva para espectáculos de tauromaquia”.
Esta é parte da proposta da alteração da ARU para Setúbal, aprovada na reunião de câmara de quarta-feira que, no seu total, visa a integração de todo o conjunto urbano circundante à Praça de Touros Carlos Relvas, de forma a “reforçar a reabilitação urbana das zonas históricas e consolidadas da cidade e permitir o acesso a um conjunto de benefícios fiscais de incentivo à reabilitação”.
Para a autarquia é “inadiável” a necessidade de “regeneração e revitalização de uma importante zona de charneira a nascente, confinante com o Bairro Salgado, a área envolvente à praça de touros, inserida no Bairro Baptista, bem como as antigas quintas Tebaida e Aranguês”.
Com esta terceira alteração à delimitação da ARU Setúbal “pretende-se restabelecer a relação entre estas malhas urbanas que hoje surgem numa nova centralidade em face da futura estação intermodal de transporte ferroviário e rodoviário, com obras em curso que incluem novas operações urbanísticas”, refere ainda a autarquia em comunicado.
Da proposta, a ser submetida à Assembleia Municipal, faz ainda parte a alteração à delimitação da ARU para Azeitão, a qual visa integrar os dois prédios rústicos adjacentes a nascente do Palácio dos Duques de Aveiro, que outrora fizeram parte da propriedade original com jardins, pomares e vinhas.
“Tendo em conta a sua importância histórica, estes edifícios ganharam interesse no projecto de reabilitação e revitalização do Palácio dos Duques de Aveiro”, avança o executivo municipal, sobre este imóvel classificado de interesse público, que “apresenta uma necessidade emergente de intervenção”.
A intervenção neste património tem como objectivo a reabilitação e readaptação para um uso mais compatível com este “majestoso e notável” ex-libris de Azeitão, o qual “poderá passar por um empreendimento turístico, encontrando-se em desenvolvimento estudos e projectos onde as propriedades adjacentes ganham importância no processo de revitalização”.