Autarcas de Setúbal, Palmela e Sesimbra ameaçam ir para a porta do Ministério da Saúde para serem recebidos

Autarcas de Setúbal, Palmela e Sesimbra ameaçam ir para a porta do Ministério da Saúde para serem recebidos

Autarcas de Setúbal, Palmela e Sesimbra ameaçam ir para a porta do Ministério da Saúde para serem recebidos

Autarcas exigem que ministro António Pizarro resolva falta de profissionais de saúde no Hospital de São Bernardo

As câmaras municipais de Setúbal, Palmela e Sesimbra ameaçaram hoje ir para a porta do Ministério da Saúde se até domingo não for marcada a reunião que pediram ao ministro, devido à falta de médicos no Hospital de Setúbal.

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“Se até domingo o senhor ministro não der nenhuma resposta a este nosso pedido de reunião, na segunda-feira, às 09h00, nós estaremos à porta do Ministério da Saúde para podermos ser recebidos pelo senhor ministro”, disse o presidente da Câmara de Setúbal, André Martins.

O autarca setubalense falava numa conferência de Imprensa conjunta com o presidente da Câmara de Palmela, Álvaro Amaro, e o chefe de Gabinete do presidente da Câmara de Sesimbra, Alain Pereira, em que os representantes dos três municípios, eleitos pela CDU, exigiram soluções para a falta de profissionais de saúde no Hospital de São Bernardo, que integra o Centro Hospitalar de Setúbal (CHS), na sequência do encerramento da Urgência Pediátrica daquele hospital na passada terça-feira.

“Hoje houve uma reunião da Câmara Municipal de Setúbal com o Conselho de Administração do CHS. E a resposta que nos dão é de que estão à procura de resolver os problemas que são conhecidos com a contratação de mais um tarefeiro para cada um dos serviços que, neste momento, estão em ruptura”, disse André Martins.

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“Isto não é caminho. Nós exigimos que este assunto seja tratado como deve ser tratado, ou seja, com a garantia do reforço do quadro de pessoal do Centro Hospitalar de Setúbal”, acrescentou o autarca setubalense.

O presidente da Câmara de Palmela, Álvaro Amaro, também considera que o “problema endémico do serviço de urgência” não se resolve com medidas pontuais de contratação de prestadores de serviços.

“Isto é insuficiente e não se resolve sem criar equipas [médicas]. Nós ficámos ainda mais apreensivos e percebemos os motivos que levam à demissão de grande parte dos responsáveis, porque, sem conseguir manter equipas médicas permanentes, bem tratadas, motivadas e com condições de trabalho, dificilmente estes assuntos serão resolvidos e debelados”, disse o autarca de Palmela.

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Álvaro Amaro salientou ainda que, de acordo com as informações que têm sido transmitidas pelos profissionais de saúde do CHS, os problemas resultantes da falta de médicos deverão agravar-se nos próximos meses, se, entretanto, nada for feito.

O ministro da Saúde, António Pizarro, afirmou hoje em Bruxelas que está “disponível para se reunir com os presidentes das câmaras municipais de Setúbal, Palmela e Sesimbra para discutir os problemas das urgências, assim que chegar o pedido anunciado pelas autarquias”.

A Câmara de Setúbal garante que o pedido de reunião com o ministro da Saúde e representantes das três autarquias foi enviado na passada terça-feira, e que isso mesmo foi hoje confirmado pelos serviços do Ministério da Saúde.

A autarquia sadina assegura, no entanto, que, até ao momento, apesar da disponibilidade anunciada hoje pelo ministro, a reunião pedida pelos três municípios ainda não foi agendada.

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