PS, em maioria na península, coloca ex-deputada parlamentar nos órgãos sociais da empresa. Junta-se ao ex-presidente da Câmara do Montijo
A setubalense Eunice Pratas, ex-deputada à Assembleia da República e membro da Assembleia Municipal de Setúbal e da Assembleia da Freguesia de Gâmbia, Pontes e Alto da Guerra, passou a integrar os órgãos sociais da AMARSUL eleitos para o triénio 2024-2026. A socialista assume a função de vogal no conselho de administração (cargo não executivo).
A assembleia geral electiva da empresa – responsável pelo tratamento e valorização dos resíduos urbanos em toda a península de Setúbal – realizou-se no passado dia 21. Eunice Pratas foi um dos nomes eleitos ao abrigo da “quota” de lugares (executivos e não executivos) a que os municípios têm direito, enquanto accionistas de 49% do capital social da AMARSUL (o Grupo Mota Engil detém 51%, por via da aquisição da Empresa Geral do Fomento).
Uma “quota” que os municípios do PS puderam desta vez “arquitectar”, face à correlação de forças que passou a existir na região desde as autárquicas de 2021 – os socialistas venceram em Alcochete, Almada, Barreiro, Moita e Montijo, ao passo que a CDU ficou com Palmela, Seixal, Sesimbra e Setúbal (a Moita fez a diferença, já que mudou das mãos da CDU para as do PS).
Além de Eunice Pratas, os socialistas fizeram eleger também Nuno Canta, que cumpria o terceiro e último mandato como presidente da Câmara Municipal do Montijo (por força da lei de limitação de mandatos) e que, para assumir funções na AMARSUL, foi obrigado a renunciar ao cargo autárquico (o que fez no passado dia 20). Nuno Canta foi eleito para os cargos de vogal do conselho de administração e da comissão executiva da AMARSUL.
Já João Lobo (CDU), antigo presidente da Câmara Municipal da Moita, que até agora desempenhava a função de vogal na comissão executiva, passa a assumir o cargo de vogal do conselho de administração (mas sem funções executivas).
O conselho de administração é agora composto por Luís Masiello Ruiz (presidente), Cristina da Cunha Saraiva, Sérgio Faria de Bastos, Ana Rita Gonçalves, Nuno Canta, Eunice Pratas e João Lobo (todos vogais).
E a comissão executiva é constituída por Cristina da Cunha Saraiva (presidente), Sérgio Faria de Bastos e Nuno Canta (ambos vogais).
A restante estrutura dos órgãos sociais – conselho fiscal, mesa da assembleia geral, comissão de vencimento e revisor oficial de contas – não conheceram, para já, quaisquer alterações na composição, confirmou a empresa a O SETUBALENSE, sem adiantar mais explicações.
No último ano, a AMARSUL tratou 465 mil toneladas de resíduos e valorizou 47 mil toneladas de recicláveis, em 10 instalações. A empresa conta com a colaboração de cerca de 410 trabalhadores, que servem diariamente os mais de 800 mil habitantes da península.
