Autarca quer conversar com Governo sobre risco de derrocada na Arrábida, habitação e escolas

Autarca quer conversar com Governo sobre risco de derrocada na Arrábida, habitação e escolas

Autarca quer conversar com Governo sobre risco de derrocada na Arrábida, habitação e escolas

“Queremos a prorrogação de prazo do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) para a reabilitação dos bairros sociais, porque não temos dinheiro para nos substituirmos às verbas do PRR”

A presidente da Câmara de Setúbal, Maria das Dores Meira, anunciou esta sexta-feira que já pediu reuniões aos ministros da Educação e das Infraestrutura devido a atrasos na recuperação de escolas e construção de novas habitações no concelho.

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“Já pedimos reuniões ao ministro das Infraestruturas, nomeadamente por causa da habitação, de processos relativos a novas habitações, que não tiveram candidaturas aprovadas”, disse à Lusa a presidente do município sadino, eleita pelo movimento independente Setúbal de Volta, após a primeira reunião do executivo camarário que resultou das eleições autárquicas de 12 de outubro.

“Se essas candidaturas tivessem sido aprovadas pelo poder central, também já teriam sido aprovadas pelo município. São 659 novas habitações, salvo erro. É muita habitação. E também queremos a prorrogação de prazo do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) para a reabilitação dos bairros sociais, porque não temos dinheiro para nos substituirmos às verbas do PRR”, acrescentou.

Segundo Maria das Dores Meira, a requalificação de escolas, designadamente da Escola Secundária Du Bocage, e a resolução do problema de um rochedo com mais de mil toneladas que está em risco de derrocada na Arrábida e que está a condicionar a circulação rodoviária na estrada do Círio (Estrada Nacional 379-1) desde há mais de dois anos, bem como a constituição de uma polícia municipal, uma promessa eleitoral, são outras prioridades do novo executivo camarário, a par da necessidade de novas instalações para as forças de segurança – PSP, GNR e Polícia Judiciária.

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Na primeira reunião do novo executivo camarário foi aprovada a habitual delegação de competências na presidente de câmara, com os votos favoráveis do movimento Setúbal de Volta e do Chega, o que surpreendeu os vereadores do PS, principal partido da oposição no município sadino.

“Nós entendemos que tudo aquilo que tem a ver com contratação, prestação de serviços, deve estar na Câmara Municipal. Entendemos que as alterações orçamentais também deveriam estar na Câmara Municipal, embora tenham passado com os votos do Chega”, disse à Lusa o vereador socialista Fernando José.

“Também entendemos que tudo o que tem a ver com nomeação de representantes do município é uma competência da Câmara e que deve estar na Câmara, mas o Chega votou a favor e, portanto, é outra competência que também deixou de ser da Câmara Municipal”, lamentou o autarca do PS.

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O vereador do Chega António Cachaço garante que o partido não quer ser uma força de bloqueio no executivo camarário e promete votar todas as propostas em função dos interesses da população de Setúbal.

“Nós apenas demos seguimento ao que a população e os munícipes de Setúbal disseram. A população de Setúbal votou na Dores Meira e não é o Chega que vai bloquear a governação em Setúbal, não queremos ser uma força de bloqueio, não queremos ser um travão ao desenvolvimento de Setúbal”, disse à Lusa António Cachaço.

“As jogadas que foram feitas nos bastidores por outro partido (PS) pretendiam bloquear tudo, para depois a Assembleia Municipal, que está na posse deles (PS), ter mais poder. Não contem connosco para isso”, acrescentou António Cachaço, reiterando que a posição do Chega “será sempre em função dos interesses da população de Setúbal”.

O movimento independente Setúbal de Volta, liderado por Maria das Dores Meira, venceu as eleições autárquicas para a Câmara de Setúbal com 29,91% e quatro vereadores eleitos, o PS ficou em segundo lugar com 27,48% e também quatro eleitos, o Chega, com 18,07% garantiu a eleição de dois vereadores. A CDU (PCP/PEV), que liderava o município, alcançou 11,43% dos votos e ficou apenas com um vereador.

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