Texto conjunto do PS e PSD foi apresentado por ocasião da publicação da edição 1000 da quinta série do jornal
O voto de saudação a O SETUBALENSE apresentado pelo Partido Socialista (PS) e pelo Partido Social Democrata (PSD) foi ontem aprovado por unanimidade na Comissão de Cultura, Comunicação, Juventude e Desporto, da Assembleia da República.
O texto, que resultou da fusão dos documentos propostos pelos dois partidos no que diz respeito à “parte resolutiva”, foi aprovado por ocasião da edição 1000 da quinta séria d’O SETUBALENSE, publicada a 26 de Janeiro.
Enquanto o projecto de voto de saudação assinado pelos socialistas, cuja primeira subscritora foi a deputada Eurídice Pereira, coordenadora do grupo parlamentar do PS eleito pelo círculo de Setúbal, seguiu a 25 de Janeiro, o documento do PSD, encabeçado pela deputada Fernanda Velez, deu entrada no dia seguinte.
Com o tema a ser comum aos dois documentos, decidiram os partidos levar à 12.ª Comissão de Cultura, Comunicação, Juventude e Desporto um texto conjunto.
“Entraram dois projectos de voto de saudação. Aquilo que é habitual fazer-se é fundir a parte resolutiva e nunca a parte justificativa. Essa parte é que acordámos fundir para que saísse um único texto, como veio a acontecer e que foi aprovado por unanimidade”, explicou Eurídice Pereira a O SETUBALENSE.
O texto do voto de saudação vai agora ser publicado em Diário da República. De acordo com a deputada socialista, “esse texto aponta para que a Assembleia da República saúde o jornal diário O SETUBALENSE, assim como os seus profissionais e os leitores, no momento em que publica a milésima edição da sua quinta série”.
Além disso, a saudação pretende reconhecer “o seu trajecto de quase 168 anos, que vai fazer no próximo dia 1 de Julho”. A proposta do Partido Socialista foi assinada por Eurídice Pereira, Jorge Seguro Sanches, Maria Santos, André Pinotes Baptista, Clarisse Campos, Fernando José, Ivan Gonçalves, Ana Santos, Gil Costa e Eunice Pratas.
Já o documento apresentado pelo PSD seguiu assinado pelos deputados Fernanda Velez, Fernando Negrão, Nuno Carvalho, Cláudia Bento, Guilherme Almeida, Inês Barroso, Cristiana Ferreira, Maria Emília Apolinário e Firmino Marques.
Além de relembrado o trajecto feito pelo jornal mais antigo de Portugal Continental, que passou por duas grandes guerras mundiais, foram ainda recordados nos documentos os subtítulos que O SETUBALENSE adoptou ao longo de mais de um século e meio.
O SETUBALENSE foi fundado por João Carlos de Almeida a 1 de Julho de 1855, depois de este, com alguns amigos, ter comprado uma tipografia e tomado a decisão de lançar um periódico em Setúbal.
Em 1994, passa a apresentar no cabeçalho o nome de Diniz Bordallo-Pinheiro como director e proprietário. Volvido um ano, é Carlos Bordallo-Pinheiro quem assume as funções após a morte do pai. Publicada a sua ‘ultima edição’ em Novembro de 1975, regressou às bancas em Janeiro do ano seguinte com Joaquim Casemiro Madeira como director.
A 16 de Fevereiro de 1981 regressa como trissemanário e assim esteve até 1995, quando José Fidalgo se tornou director do jornal.
Em 2014, por sua vez, O SETUBALENSE está de regresso sob direcção de João Abreu. Passados quatro anos, e após a fusão com o Diário da Região, o jornal ganha dimensão regional e passa de trissemanário a diário, tendo como director Francisco Alves Rito.
