Arte religiosa em madeira ganha destaque na Biblioteca de Setúbal

Arte religiosa em madeira ganha destaque na Biblioteca de Setúbal

Arte religiosa em madeira ganha destaque na Biblioteca de Setúbal

Exposição inédita da autoria de Carlos Lopes de 86 anos que reutiliza madeira em peças de arte religiosas

A Biblioteca Pública Municipal de Setúbal acolhe até dia 27 de agosto, uma exposição inédita da autoria de Carlos Lopes de 86 anos que reutiliza madeira em peças de arte religiosas. 

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Natural do Bairro Santos Nicolau em Setúbal, Carlos Lopes dedicou toda a sua vida profissional à atividade de escriturário, e manteve uma participação ativa na Juventude Operária Católica e na vida sindical após o 25 de Abril. 

Foi depois de se reformar que decidiu começar a fazer escultura, há cerca de sete anos, transformando madeira descartada em esculturas religiosas. Atualmente, possui cerca de 120 obras da sua autoria, das quais 64 estão expostas na Biblioteca Municipal. Quem passar pela exposição verá retratos como o do presépio, a última ceia e o calvário entre muitos outros de carácter religioso.

Durante a cerimónia de abertura, o autarca elogiou a iniciativa e destacou a importância de valorizar a criatividade dos artistas setubalenses. “Ficamos muito satisfeitos por criarmos estas oportunidades para os nossos artistas poderem expor. Há vidas de trabalho que resultam em obras de arte que refletem os saberes do povo e a sua sensibilidade”, afirmou André Martins, considerando ainda que o uso de madeira reciclada “é um acrescento muito importante” à obra de Carlos Lopes.

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Durante a cerimónia de abertura, o autarca elogiou a iniciativa e destacou a importância de valorizar os artistas locais. “Ficamos muito satisfeitos por criarmos estas oportunidades para os nossos artistas poderem expor”. André Martins considerou ainda que o uso da madeira reciclada “é um acrescento muito importante” à obra de Carlos Lopes.

Terminou a sua intervenção por agradecer a “todas as pessoas que seguem estas vocações e dão exemplos no domínio da cultura”, e fez ainda um apelo a todos os presentes para divulgarem aos seus conhecidos a exposição. Ao longo de toda a sua intervenção fez questão de destacar o tipo de arte diferente realizado por Carlos Lopes, e que esta deveria ter o seu devido reconhecimento.

Quando a palavra ficou a cargo da figura principal de toda a exposição, Carlos Lopes, este referiu que a motivação para criar estas peças nasceu da sua espiritualidade e crenças religiosas. “Era um modo de rezar e um passatempo silencioso”, explicou, acrescentando que na altura nunca pretendeu vender as suas obras, mas sim oferecê-las aos seus amigos.

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O padre Casimiro Henriques, pároco de São Sebastião e especialista em arte sacra, também marcou presença na inauguração, e descreveu o trabalho de Carlos Lopes como uma “espécie de minimalismo expressivo”. Para o sacerdote, “cada peça convida à contemplação silenciosa”.

A exposição está aberta ao público até o final do mês e conta com um registo fotográfico das obras, proporcionando aos visitantes uma experiência entre a fé e a arte.

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