Autarquia convocou para quarta-feira reunião com moradores e comerciantes. Dentro de um mês arranca ainda a empreitada do futuro ‘Emissário Ciprestes – Bonfim’. Empreitadas vão permitir encaminhar 15% dos esgotos da cidade para a ETAR
A Câmara de Setúbal inicia amanhã a construção de uma estação elevatória na zona dos Combatentes para desviar para a ETAR (Estação de Tratamento de Águas Residuais) da Cachofarra os esgotos que ainda são despejados directamente no rio Sado.
Para dar conhecimento aos moradores e comerciantes da zona dos Combatentes das obras previstas, a Câmara de Setúbal convocou para esta quarta-feira, às 19h30, nos Paços do Concelho, um encontro com moradores e comerciantes na zona dos Combatentes, uma vez que as obras vão condicionar a circulação naquela zona da cidade.
“É uma obra com um prazo de execução de seis meses, que, conjuntamente com o futuro ‘Emissário Ciprestes – Bonfim’, que também vai arrancar dentro de um mês, vai permitir encaminhar para a ETAR todos os esgotos – cerca de 15% dos esgotos da cidade – que ainda são despejados directamente na ribeira do Livramento, juntamente com as águas pluviais que correm para o rio Sado”, disse à agência Lusa o vereador do Ambiente, Carlos Rabaçal.
“Aproveitando o facto desta grande intervenção que vamos fazer nos Combatentes, a empresa Águas do Sado (concessionária do abastecimento de água e saneamento básico no município de Setúbal) vai também proceder à substituição integral da rede de abastecimento de água naquela zona e na avenida General Daniel de Sousa”, acrescentou o autarca.
Apesar de ter uma ETAR de grandes dimensões na zona da Cachofarra, construída há duas décadas pelo executivo socialista liderado por Mata Cáceres, parte dos esgotos da cidade de Setúbal nunca foram encaminhados para aquela infra-estrutura, processo que só este ano deverá ficar concluído com a construção da Estação Elevatória dos Combatentes e do Emissário Ciprestes-Bonfim.
O projecto de “Optimização do Sistema de Saneamento de Setúbal”, com financiamento assegurado do PO SEUR – Programa Operacional da Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos, no âmbito do Portugal 2020, que inclui a construção da “Estação Elevatória dos Combatentes”, do “Emissário Ciprestes – Bonfim” e a “Desativação da ETAR de Pontes” -, tem um custo global de 2,57 milhões de euros, montante comparticipado em 85 por cento por fundos comunitários.
O vereador do Ambiente da Câmara de Setúbal admite que as obras em causa vão, naturalmente, causar transtorno à circulação de automóveis e de peões, mas garante que a autarquia já tem um plano alternativo para a circulação rodoviária e para minimizar as dificuldades no acesso a estabelecimentos comerciais na zona dos Combatentes.
“A construção da estação elevatória dos Combatentes é uma obra necessária e que tem de ser feita naquele local”, justificou Carlos Rabaçal, convicto de que todas estas intervenções estarão concluídas no prazo máximo de um ano.
DIÁRIO DA REGIÃO com Lusa