Candidato presidencial esteve numa arruada pela cidade, um local que “sabe o que é ter de enfrentar o comunismo e ter de o derrotar”
O candidato presidencial André Ventura esteve nas ruas da cidade de Setúbal, tendo apontado para uma vitória nas eleições presidenciais neste distrito. No entender do líder do partido Chega, a região setubalense sabe bem “o que é ter de enfrentar o comunismo e ter de o derrotar”.
André Ventura, que falava aos jornalistas antes de participar numa arruada pelas ruas da baixa setubalense nesta segunda-feira, recordou a vitória do Chega no Distrito de Setúbal nas eleições legislativa e falou sobre a possibilidade de as comemorações do 25 de novembro serem principalmente dos partidos de direita, mostrando-se convicto de que todos os partidos vão participar, com exceção do PCP.
“Penso que todos os partidos vão estar presentes, exceto o PCP, que se sente que é o derrotado desta data, e eu compreendo isso. Pelo PCP nós nunca teríamos tido o 25 de novembro, teríamos tido a instalação em Portugal de uma ditadura de tipo soviética, que nós combatemos e que aqui Setúbal sabe o que é isso muito bem. E Setúbal, o distrito onde estou hoje, sabe o que é ter de enfrentar o comunismo e ter de o derrotar. Nós, aliás, vencemos as últimas legislativas aqui e espero que possa acontecer o mesmo nas eleições presidenciais”, recordou André Ventura.
O candidato presidencial garantiu também, durante esta arruada, que tudo fará para evitar que os jovens portugueses sejam mobilizados para a guerra na Ucrânia, que considerou não ter interesse geoestratégico para Portugal.
“Da nossa parte [Chega] e da minha parte, enquanto candidato a presidente, tudo farei – e acho que nós tudo devemos fazer – para evitar que os portugueses participem num teatro de guerra que lhes é alheio e onde não têm, digamos assim, um interesse geoestratégico como outros países têm”, disse o líder do Chega, em Setúbal.
“Se os franceses estão tão entusiasmados com essa hipótese [de enviar tropas para a Ucrânia], têm um bom caminho: peguem os seus jovens, metam-nos lá e depois vamos ver o que é que dá. Agora, ficar entusiasmado com os jovens dos outros, isso é muito fácil de fazer – e o presidente francês é muito hábil nisso -, em ficar entusiasmado em enviar os outros, em enviar portugueses, espanhóis, italianos, para a frente de guerra. Não, já que está entusiasmado, envia os franceses e os franceses certamente serão capazes de resolver a situação”, acrescentou.
André Ventura lembrou ainda que o Chega sempre disse que a Rússia era o país invasor e a Ucrânia o país invadido e que foi firme na condenação da Rússia, uma posição de fundo que, na opinião do líder do Chega, todos os países europeus deviam preservar. Com LUSA