26 Junho 2024, Quarta-feira

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André Martins garante que escolha de local para memorial foi unânime

André Martins garante que escolha de local para memorial foi unânime

André Martins garante que escolha de local para memorial foi unânime

Líder do executivo explica que Sado e Arrábida são “elementos fundamentais” do território e tinham de ser incluídos

 

André Martins respondeu à mais recente polémica e esclareceu o porquê da localização do memorial a Zeca Afonso, garantindo que a escolha do local foi unânime, justificando que a “idealização” foi feita pelo artista Ricardo Crista, sendo que a equipa responsável pelo projecto concordou com a ideia, acrescentando que rio Sado e Serra da Arrábida são “elementos fundamentais” do território e tinham de ser incluídos.

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Foi durante a reunião camarária desta quarta-feira que o presidente da Câmara Municipal de Setúbal abordou esta acesa discussão, levantada por Dores Meira, com a antiga presidente a acusar os “anteriores companheiros” de falta de lealdade e explicando que nunca quis ver este memorial na “fronteira do rio Sado, deslocado do centro da cidade e da sua conjugação com a estatuária citadina”.

O líder do executivo comunista explicou que inicialmente foi constituída uma comissão de honra para as celebrações dos 50 anos do 25 de Abril e que já em 2023 houve um conjunto de iniciativas no âmbito dessas comemorações. “Existe um programa, que não está fechado, mas que foi objecto de muitas propostas das mais de 60 pessoas que participam nessa comissão de honra”.

André Martins esclarece que “desde o primeiro dia”, quando foi lançada esta ideia, foi dito que era “fundamental para Setúbal”, que tanto o 25 de Abril como o Zeca Afonso fossem “devidamente homenageados”.

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“Decidimos desde cedo que celebrar os 50 anos do 25 de Abril tinha de estar associado à obra que Zeca Afonso nos deixou. Temos essa responsabilidade, de numa homenagem ao Zeca Afonso que ficasse uma marca física, tanto da memória do Zeca Afonso em Setúbal como do 25 de Abril”, acrescentando que esta foi uma ideia que foi lançada e que “todos estiveram de acordo”.

Quanto ao aparecimento do projecto deste memorial a Zeca Afonso, o presidente da autarquia sadina explica que a determinada altura um jovem setubalense apresentou a proposta para o memorial. “Avaliámos a proposta e decidimos aprovar aquela proposta e aquela localização, porque o artista imaginou e o que nós vimos foi um vídeo que estava criado a partir de uma maquete com aquela localização”, reforçando que a comissão de honra teve oportunidade de ver esse mesmo vídeo.

Após a devida avaliação pela equipa responsável, foi decidido que aquele local seria uma “boa localização”. “É uma localização num espaço ribeirinho onde conflui a cidade e se confronta com o rio Sado e também com a Serra da Arrábida. Para nós estes eram elementos fundamentais do nosso território e dos nossos valores de maior referência”.

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Para André Martins, a cidade de Setúbal tem agora uma obra que “marca a referência e a ligação de Setúbal ao Zeca Afonso” e toda a “memória daquilo que foi a vida de um homem e a obra que deixou”.

Com esta explicação o presidente da edilidade sadina procura colocar um ponto final na polémica que envolve Dores Meira. Recentemente, em direito de resposta publicado n’ O SETUBALENSE, a ex-autarca de Setúbal não desmente que efectivamente não quis avançar com a construção do memorial, mas explicou o motivo por que não avançou. Não concordava com a localização na zona da Praia da Saúde.

“Não, nunca quis ver José Afonso no areal”, assumiu a antiga presidente, que fundamenta, na mesma frase, com a afirmação de que “esse símbolo maior de um Portugal livre merece outro tratamento”.

Maria das Dores Meira explicou a sua versão do processo. “O actual e antigo vereador da Cultura da CM de Setúbal sabe, porque acompanhou o processo, que foi no meu último mandato que aprovei a edificação do memorial ao cantautor José Afonso, pedindo-lhe que encontrasse um local adequado, mas nunca – nunca – na fronteira do rio Sado, deslocado do centro da cidade e da sua conjugação com a estatuária citadina. É dentro da urbe que se convive de forma orgânica e pedagógica com o apelo da memória cultural”, escreveu a antiga dirigente.

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