André Martins exige transferências financeiras do Governo na área da educação

André Martins exige transferências financeiras do Governo na área da educação

André Martins exige transferências financeiras do Governo na área da educação

Presidente da Câmara acusa socialistas de “falta de credibilidade”. Autarquia já usou mais 3,5 M€ do que as verbas transferidas pelo Governo

O presidente da Câmara Municipal de Setúbal, André Martins, abordou a ausência de pagamento por parte do Governo no sector da educação, garantindo que a autarquia continuará a exigir que haja nesta descentralização as “necessárias e justas” transferências financeiras, sem “nunca deixar de cumprir” as responsabilidades na área da educação. Até hoje, desde 2022, a verba que o município já teve de usar do seu orçamento ascende, neste momento, a mais 3,5 milhões de euros do que as verbas transferidas pelo Governo, garantia dada pelo edil sadino.

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Foi através da página de Facebook, numa reacção a uma notícia do Jornal de Notícias, que avança que o município de Setúbal tem um défice de financiamento de 1,5 milhões, que o autarca setubalense recordou que a Câmara Municipal apenas aceitou a transferência de competências na área da educação do poder central para as autarquias quando foi “obrigada por lei, e mesmo assim sob protesto”.

“Sempre afirmámos que esta transferência de competências não era acompanhada pelos necessários meios financeiros. Passados dois anos, confirma-se o que sempre afirmámos e comprovámos na nossa autarquia, uma vez que até hoje, desde 2022, a verba que a câmara já teve de usar do seu orçamento ascende, neste momento, a mais 3,5 milhões de euros do que as verbas transferidas pelo Governo. Dinheiro que é naturalmente retirado de outras áreas de actuação municipal e onde também faz muita falta”.

O autarca apontou ainda ao Partido Socialista (PS), que, enquanto foi governo, “desenhou este processo e sempre o defendeu”, e disse em Setúbal que “estava ainda por provar que houvesse este défice” em resultado da transferência de competências que “impôs às autarquias”.

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Esta atitude, para André Martins, demostra a “credibilidade dos socialistas” em Setúbal. Ainda assim, o autarca assegura que o executivo irá continuar a “exigir” que haja nesta descentralização “as necessárias e justas” transferências financeiras, sem deixar “nunca de cumprir” as responsabilidades na área da educação, como “estamos a fazer neste momento” com a construção de novas escolas no concelho.

Ao Jornal de Notícias, a presidente da Associação Nacional de Municípios, Luísa Salgueiro, assume que é preciso analisar com o Governo os desvios que existem em relação às estimativas iniciais de custos para as Câmaras com a gestão de escolas.

Na passada sexta-feira, o Ministério da Educação chegou até a anunciar que iria reunir-se esta terça-feira com as autarquias para avaliar a transferência de competência na Educação.

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Entretanto, a SIC adiantou que uma fonte da Associação Nacional de Municípios garantiu que não recebeu nenhum pedido de reunião, nem houve sequer uma tentativa para agendar um encontro.

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