Profissionais contratados em Cabo Verde já têm os vistos. Motoristas na cidade sadina alegam “agravamento das relações de trabalho”
A Alsa Todi, empresa responsável pelo transporte rodoviário de passageiros nos concelhos de Setúbal, Alcochete, Moita, Montijo e Palmela, garante que os problemas registados no serviço vão estar resolvidos a partir de 2 de Novembro, dia em que “estarão finalmente a atingir um nível de regularidade dos compromissos que têm assumidos”.
Na reunião pública de quarta-feira, o presidente da Câmara de Setúbal, André Martins, revelou que “os 61 motoristas que foram contratados em Cabo Verde finalmente já têm o visto e estão a apanhar agora os aviões para vir”.
“A informação que temos neste momento é que uma semana de formação será suficiente para entrar mais uma dezena, ou duas dezenas, de imediato no funcionamento dos autocarros”, revelou o autarca.
Actualmente, o edil disse ter conhecimento de que a contratação dos 20 motoristas [em território nacional] “teve consequências positivas no serviço”. “Naturalmente que não estamos a falar de uma estabilidade da situação, mas é um sinal que, do nosso ponto de vista, resulta também da pressão que temos tido sobre a empresa”, adiantou.
A concluir, André Martins explicou ter “marcada uma outra reunião para o dia 31 com a Transportes Metropolitanos de Lisboa, a Área Metropolitana de Lisboa e a Alsa Todi no sentido de se fazer um novo ponto da situação”.
É também no dia 2 de Novembro que os trabalhadores da operadora vão estar em plenário, realizado nas instalações da Varzinha, em Setúbal.
Organizado pelos sindicatos dos Trabalhadores de Transportes Rodoviários e Urbanos de Portugal e dos Trabalhadores dos Transportes, em conjunto com o Sindicato Nacional dos Motoristas e Outros Trabalhadores, o plenário acontece em “consequência da vontade expressa pelos trabalhadores resultante do agravamento das relações de trabalho”.
Em comunicado conjunto, os sindicatos explicam que “os trabalhadores iniciam a recolha para participarem às 09h30”, com o plenário a ter início às 10h30. “Os trabalhadores da Broega têm dois autocarros garantidos para a sua deslocação para a Varzinha”, prevendo-se o término da acção pelas 11h30.
“O reinício da actividade ocorrerá às 12h30”. Os atrasos dos autocarros, as longas filas de espera nas paragens, as carreiras que não chegam a ser feitas e os consequentes atrasos para os empregos e escolas são algumas das situações apontadas por utentes e autarquias, ao longo dos últimos meses, ao serviço da Alsa Todi, que assegura os transportes públicos rodoviários no lote 4 desde 1 de Junho.