Utentes queixam-se de atrasos e mau funcionamento das linhas 4411 e 4437 que percorrem a cidade
Várias têm sido as queixas remetidas por vários utentes da Carris Metropolitana sobre a frequente falha na linha 4411 – que faz a ligação entre a Morgada e Setúbal – e a linha 4437 – que percorre a cidade de Setúbal passando pela zona do Faralhão, da Estefanilha, da Tanoeira e das Manteigadas.
A informação reportada a O SETUBALENSE dá conta da falha do serviço de transportes públicos no período da manhã, mais concretamente pelas 11 horas.
Em resposta enviada a O SETUBALENSE, a empresa Alsa Todi, concessora do serviço de transporte rodoviário que serve a área 4 – Setúbal, Alcochete, Moita, Montijo e Palmela –, diz não ter “qualquer informação”, por parte dos utilizadores destes transportes, de que as carreiras estejam a circular com atraso, ou mesmo que não estejam a ser realizadas.
Prometem, no entanto, averiguar a situação e as carreiras em causa. “Os serviços de qualidade interna da Alsa Todi vão verificar a situação”. “A Alsa Todi está a cumprir com o número de profissionais e autocarros na operação que desenvolve no lote 4 do transporte público da Carris Metropolitana de Lisboa e que envolve os concelhos de Alcochete, Barreiro, Montijo, Moita, Palmela e Setúbal”.
É outra das considerações feitas pela empresa concessora da Carris Metropolitana, que há cerca de um mês celebrou um ano em actividade na área 4.
A empresa relembra ainda a recente renovação da frota, que obrigou à aquisição de 240 autocarros totalmente novos e modernizados, e a par disto, a contratação de motoristas para dar respostas às novas linhas criadas.
“Recordemos que esta operação obrigou à introdução de uma frota de 240 autocarros totalmente novos, diversos movidos a electricidade e gás, equipados com wi-fi , USB, ar condicionado, com lugares para passageiros com mobilidade reduzida e para transporte de carrinhos de bebés. Paralelamente foi público também a contratação de novos profissionais que reforçaram os quadros de motoristas da empresa”.
A Alsa Todi anunciou, em Outubro de 2022, a formação de pelo menos 74 motoristas oriundos de Cabo Verde, no sentido de assegurar 100% da oferta de transporte público rodoviário.
Meses se passaram e não só foram contratados 50 dos motoristas em formação como também o inspector-geral do trabalho de Cabo-Verde veio a Portugal para averiguar as condições de trabalho dos emigrados.
Em Junho passado a empresa já se tinha confrontado com acusações de atrasos nas carreiras, afirmando que estes ocorriam por situações “normais do trânsito do dia-a-dia”.
“As poucas reclamações existentes estão relacionadas com atrasos pontuais, mas que os próprios utentes reconhecem que não é da responsabilidade directa da Alsa Todi, mas sim dos congestionamentos normais do trânsito do dia-a-dia”.