A operar no Porto de Setúbal há 20 anos, a Tersado acabou de ver o seu contrato prorrogado por mais 10 anos
Com a prorrogação do contrato de concessão por mais 10 anos a a Tersado – Terminais Portuários do Sado planeia efectuar mais investimentos em equipamentos e infra-estruturas. O CEO Eduardo Galo, desde 2 de Abril de 2024, afirma que a empresa tem agora a oportunidade de continuar a impulsionar o progresso do Porto de Setúbal e da economia portuguesa.
A Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra prorrogou por mais 10 anos os contratos de concessão dos terminais da Tersado e da Sadoport. O que significa esta medida para a operação da Tersado?
Representa um marco significativo para a operação da Tersado. Esta decisão reforça a confiança das autoridades no trabalho desenvolvido pela Tersado ao longo das últimas duas décadas. Além disso, permite-nos continuar a oferecer um serviço de excelência, com segurança e alinhado com as necessidades dos nossos clientes e parceiros.
Com mais 10 anos, temos agora a oportunidade de continuar a impulsionar o progresso do Porto de Setúbal e da economia portuguesa, também com os investimentos em equipamentos e infra-estruturas desta importante ferramenta publica.
Tendo em conta a prorrogação da concessão, que investimentos a Tersado – Terminais Portuários do Sado prevê na linha da modernização, segurança, eficiência e sustentabilidade?
Temos um plano robusto para essas áreas principais, no plano da Segurança e Sustentabilidade, já no primeiro ano faremos a certificação da Tersado para ISO 14.000 e 45.000, um processo essencial para elevar o nível de maturidade em gestão e cultura de segurança e meio ambiente. Para a Sustentabilidade, realizaremos um mapeamento completo da pegada ambiental, que orientará soluções para reduzir emissões de carbono, como o uso de energias renováveis, a comutação de motor dos equipamentos para tecnologia verde, entre outros.
Na Eficiência Operacional, em2025, uma grua será incorporada ao parque de equipamentos do terminal, garantindo capacidade e eficiência operacional no longo prazo.
Na área da Modernização e Pessoas, estamos a investir na formação da nossa equipa na metodologia Lean e ferramentas digitais modernas. Este é um passo importante para a progressiva digitalização das operações, optimizando fluxos, recursos e rastreabilidade de cargas, e, assim, entregamos melhor experiência e resultado aos nossos clientes e parceiros.
“A Tersado consolidou-se como um pilar fundamental na cadeia logística nacional”, afirmou a empresa em Novembro deste ano. Que argumentos a colocam neste posicionamento?
A Tersado desempenha um papel central na logística nacional por vários motivos. Por exemplo: Na Localização Estratégica estamos situados numa região que conecta importantes corredores de transporte e indústrias. Na Capacidade Operacional, gerimos volumes significativos de mercadorias com alta eficiência, garantindo entregas pontuais e custos competitivos. No plano da Inovação e Sustentabilidade, temos um compromisso com práticas sustentáveis e com a adopção de novas tecnologias, o que nos diferencia no mercado. E quanto a Parcerias de longa data, construímos relações sólidas com clientes e stakeholders, reforçando o nosso impacto na economia local e nacional.
O Governo decidiu alargar o prazo máximo das concessões portuárias dos actuais 30 para 75 anos, para “garantir a competitividade nacional” nesta área. Considera vantagens nesta decisão?
Vejo vantagens significativas nesta medida. Ao aumentar o prazo das concessões, inclusive as vigentes, cria-se um ambiente mais propício para investimentos de longo prazo. Isso permite que, no planeamento estratégico, concessões mais longas incentivam projectos de maior impacto, como ampliação de infra-estrutura e transição para tecnologias verdes. No âmbito da confiança para os investidores, os prazos ampliados tornam o sector mais atractivo para investidores, gerando recursos adicionais para o desenvolvimento portuário, e quanto à competitividade global consegue-se maior estabilidade, os portos portugueses podem competir em condições mais favoráveis no mercado internacional e impactar positivamente a cadeia logística da indústria nacional.